| 14/11/2007 06h40min
Até sexta-feira, dia em que viaja para um período de repouso na fazenda da família, em São Borja, o presidente Paulo Odone pretende ter resolvido a questão que mais preocupa a torcida do Grêmio. Em uma conversa "franca" com Mano Menezes, ele pretende saber se os planos do treinador incluem uma mudança de clube em 2008.
Por enquanto, Odone trabalha com a hipótese da seqüência do trabalho, manifestada pelo técnico em entrevista no final de setembro. Na ocasião, Mano condicionou sua permanência à conquista de uma vaga na Libertadores.
Desde domingo, porém, quando a derrota para o São Paulo reduziu a chance de classificação, crescem os rumores sobre uma saída. O Santos, que ainda não definiu a renovação de Wanderley Luxemburgo, poderia ser o destino do técnico. Também haveria propostas de clubes da Arábia Saudita. São respostas que Odone pretende ouvir do próprio Mano.
– Não tenho nenhum plano B, mas quero sentar para conversar com ele. Não vou atropelar ninguém – diz Odone.
Alfredo Oliveira, assessor da presidência, se diz convicto de que, entre os clubes brasileiros, a opção de Mano seria o Grêmio. Garante que o treinador se sentiria motivado em prosseguir mesmo sem a chance de disputar uma nova Libertadores.
– A Copa do Brasil também é uma competição de primeira linha – diz.
Suspenso por 360 dias pelo STJD, o assessor de futebol Paulo Pelaipe evita as entrevistas. Limita-se a dizer que o interesse pela permanência de Mano já foi manifestado mais de uma vez pela direção. Como ainda há chances matemáticas de classificação para a Libertadores, considera "precipitado" falar sobre alterações em comissão técnica ou na contratação de reforços.
Atento à carreira de Mano desde sua passagem pelo Caxias, o empresário Gilmar Veloz diz que a trajetória do técnico já desperta a atenção de clubes do Exterior. Não apenas dos árabes, mas, também da Europa.
– Luiz Felipe Scolari sempre falou muito bem nele – diz Veloz, assegurando não ser o procurador de Mano.
Os vínculos entre os dois são fortes. No final de 2006, foi Gilmar quem intermediou o intercâmbio feito pelo técnico do Grêmio em clubes da Inglaterra.
LUÍS HENRIQUE BENFICA/ZERO HORA