| 06/11/2007 05h55min
No jargão petrolífero, a PetroChina é uma NOC - national oil company, ou companhia nacional de petróleo. Por isso, os altos preços do barril ajudaram a acelerar a valorização da companhia.
As NOCs estão entre os fenômenos que alteraram o perfil da indústria do setor. Ao superar o valor de mercado da Exxon Mobil, a PetroChina mostra a força das NOCs, categoria na qual a brasileira Petrobras também está incluída. Sob controle estatal ou não, as companhias nacionais representam um obstáculo para as multinacionais.
Também ajudou na valorização da PetroChina a decisão da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, que aumentou na semana passada em 8% a gasolina, o diesel e o querosene de aviação. Até então, a exemplo da Petrobras, as grandes petroleiras chinesas mantinham os preços intactos, para evitar alta da inflação e inquietação social. No entanto, pequenas refinarias pressionaram, chegando a suspender a produção por operar no prejuízo.
Mesmo com o pequeno recuo de nessa
segunda-feira, dia 5, quando fechou em US$ 93,98 em Nova York, o petróleo desafia o teto de US$ 100 por barril. O reforço das NOCs reduziu o poder das antigas "sete irmãs", como eram conhecidas as grandes transnacionais que dominaram o setor até o final do século 20. Agora são cinco - Exxon, Shell, BP, Total e Chevron - e controlam apenas 9% das jazidas do planeta. Já 10 das NOCs detêm 53% das reservas.