| 19/10/2007 06h43min
Pode-se dizer que o pobre De la Cruz cometeu todas as imprudências possíveis diante de um driblador feito Robinho. O resultado, portanto, só podia mesmo ser o que se viu no Maracanã: um homem humilhado, eternizado coadjuvante da jogada genial que resultou no gol de Elano, o quarto dos cinco enfileirados pela Seleção Brasileira sobre o Equador. Mas poderia ter sido diferente. Pelo menos na visão de quem está do outro lado da história: os zagueiros.
Dos ouvidos por ZH, cada um teria agido conforme o seu estilo se estivesse na pele do desafortunado De la Cruz. Mas todos — e não apenas ex-zagueiros consagrados, mas também o jovem Léo, do Grêmio — concordam em um ponto: o pecado mortal do equatoriano foi ter ficado no meio do caminho. Nem cercou como manda a cartilha, nem tentou o bote no instante exato. Carlos Alberto Torres, por exemplo, jamais tentaria tirar a bola de Robinho, sobretudo perto da área, como na noite de quarta-feira, no Maracanã.
O uruguaio Ancheta, ao
contrário de Carlos
Alberto, optaria pelo desarme. Apesar dos riscos. Zagueiro, para ele, tinha que desarmar. Mas na hora certa. O catarinense Oberdan, parceiro de Pelé no Santos e do próprio Ancheta no Grêmio que encerrou oito anos de hegemonia do Inter no Gauchão, adotaria uma posição intermediária. Não apenas cercaria, como Carlos Alberto Torres. Também não daria o bote, como o uruguaio. Oberdan colocaria o pé à frente e ficaria de lado para Robinho.
E o que diriam jovens zagueiros, quase estreantes, que podem enfrentar Robinho um dia? O gremista Léo, 19 anos, aponta como solução o sentido coletivo. O negócio é esperar reforço:
— O ideal é cercar e ficar esperando que outro zagueiro chegue para ter dois contra um.
Leia a reportagem completa de Diogo Olivier nas páginas de Zero
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