| 07/12/2002 21h11min
A vitória do Lages sobre o Kindermann, por 2 a 1, em Caçador, no sábado, dia 7, garantiu à equipe do Planalto Serrano a terceira posição no Campeonato Catarinense da Segunda Divisão e a última vaga na divisão de elite em 2003. Os jogadores comemoraram a classificação como se fosse o próprio título da competição.
O técnico Paulo Porto foi o mais homenageado, jogado para cima com carinho pelos seus comandados.
– O mérito é todo do grupo, que se empenhou para conquistar esse feito – disse Porto, que em menos de quatro meses leva para a Primeira Divisão duas equipes de dois Estados.
Ainda neste ano, o técnico conquistou a Segundona gaúcha com o São José, de Cachoeirinha.
O Clube Atlético de Lages tem menos de cinco meses de existência e a direção se concentra na formação de um Conselho Deliberativo. O primeiro objetivo do presidente Rodrigo Silva é reunir mais colaboradores para conseguir recursos financeiros suficientes e montar um time competitivo.
– Vamos mobilizar a cidade para termos condições de chegar ainda mais longe – diz o dirigente.
O salário médio dos jogadores é de R$ 1,2 mil. De acordo com o vice-presidente de futebol Célio Bueno, o técnico Paulo Porto e o preparador físico Glauber devem ficar.
Como havia vencido o primeiro jogo por 3 a 1, o Lages conseguiria subir para a Primeira Divisão com um simples empate, mas mesmo com a vantagem conquistou a vaga com um nova vitória. O jogo apresentou um nível técnico fraco, principalmente no primeiro tempo.
Disposto a reverter a vantagem, o Kindermann se atirou para cima do Lages, mas falhava demais na defesa. A desorganização resultou no primeiro gol do Lages logo aos quatro minutos. Em um cruzamento na área, a bola bateu na trave e sobrou para o zagueiro Michel, livre de marcação, chutar forte de perna direita para abrir o marcador.
A equipe de Caçador não se encontrava em campo e as falhas individuais continuavam. Aos 12 minutos, uma falha do goleiro Paulão resultou no segundo gol lageano. O volante Daia cobrou uma falta sem perigo e Paulão defendeu com as duas mãos, mas deixou a bola escapar por debaixo do braço esquerdo.
Tota, que estava ao lado, chutou e marcou. No segundo tempo, a equipe de Caçador partiu para o tudo ou nada. O placar fez o Lages diminuir o ritmo e o Kindermann aproveitou para pressionar. Apesar do sufoco, o Kindermann só conseguiu descontar aos 27 minutos, quando Flack cobrou falta e Índio cabeceou para o gol. Mas ficou nisso.
MARCELO BECKER / DIÁRIO CATARINENSE