Ele não é o artilheiro do time. Mesmo assim, o volante Eduardo Costa é um dos destaques do Grêmio neste Brasileirão. Com a missão de proteger a zaga, o meio-campo impressiona pela regularidade em suas atuações. Desde que assumiu a primeira função do meio, desbancando Gavilán, Eduardo tem sido peça fundamental no time.

Seis anos depois de deixar o Olímpico, vendido ao Bordeaux, da França, o volante contradiz aqueles que o caracterizavam como um "quebrador de bola". Voltou da Europa sabendo sair jogando e ainda firme no desarme. Seus números no Brasileirão comprovam as virtudes.

Contrariando a tendência de que defensores recebem mais cartões, Eduardo Costa recebeu apenas dois amarelos em dez jogos.

Segundo ele, a receita é simples:

— Jogador precisa pensar no jogo. Tem que chegar antes e cercar o adversário.

Apesar de garantir que sua maneira de atuar não mudou, Eduardo admite que a passagem pela França e Espanha rendeu ensinamentos valiosos. Mas para o jogador, que tem como referência na carreira o volante Mauro Silva, o que faz a diferença é a experiência.

— Você aprende a ter tranqüilidade, torna-se mais calmo para jogar. Quando se tem menos idade, às vezes sobra vontade em lances desnecessários — garante o volante de 25 anos.

A boa fase torna uma nova convocação para a Seleção mais próxima:

— Procuro não pensar muito, mas espero ter novas chances. O fato de Dunga morar em Porto Alegre pode ajudar.