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 | 25/09/2007 10h02min

Presidente da FIA prega mais severidade com a McLaren

Dirigente afirma que escuderia deveria ser excluída do campeonato de 2008

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, afirmou que a entidade pode ser ainda mais severa em relação à McLaren, se ficar provado que o time inglês usou novamente as informações da Ferrari para compor as partes de seu carro para a temporada de 2008. O chassi da escuderia de Woking para o próximo campeonato será analisado pela FIA no final deste ano, de modo a garantir que a equipe não se apropriou da propriedade intelectual de seus rivais italianos, como foi evidenciado no julgamento do último dia 13 sobre o caso de espionagem.

Mosley já avisa que, se a McLaren for pega novamente, não haverá alternativa senão puni-la severamente, podendo até mesmo retirá-la da próxima temporada.

– Acho que a única maneira de termos um campeonato justo em 2008 é excluir a McLaren, mas isso provavelmente os tiraria de seus negócios – disse o mandatário ao jornal britânico Daily Express, lamentando mais uma vez a escolha do Conselho Mundial de Esportes a Motor de não excluir o time inglês do campeonato deste ano.

– Seria correto tirar Fernando Alonso e Lewis Hamilton (pilotos titulares da McLaren) do campeonato deste ano, mas, no Conselho Mundial, corações governam as cabeças. Se houvesse uma evidência séria de influência da Ferrari no projeto da McLaren, no entanto, teríamos que tomar uma atitude – completou.

Continuando, Max Mosley confessou que Ron Dennis o avisou a respeito da troca de e-mails entre Fernando Alonso e Pedro de la Rosa, que desencadearam a audiência de espionagem, mas não deu importância. Mas o mandatário confirmou que foi posteriormente alertado pelo proprietário dos direitos da Fórmula-1, Bernie Ecclestone, a respeito do conteúdo comprometedor das mensagens.

– Não sei quem deu esta informação a ele, mas tenho minhas suspeitas – afirmou Mosley, que acredita que os trâmites do escândalo de espionagem não acabaram com a punição da McLaren no tribunal da FIA.

– Ainda há alguns grandes mistérios: Stepney (Nigel, ex-engenheiro da Ferrari) passou as informações de graça? Isto é muito improvável. Se é assim, quem o pagou e por quê? – indagou o presidente da FIA, que especulou quais serão as sanções que o ex-ferrarista e o projetista da McLaren, Mike Coughlan, terão de encarar.

– Haverá duras conseqüências para eles nos processos na Itália e na Grã-Bretanha. Ninguém mais os contratará na Fórmula, isto é certo. Nosso julgamento foi esportivo. Nos tribunais comuns, coisas impressionantes aparecerão. Muitas delas – encerrou Mosley.

GAZETA PRESS
Bas Czerwinski / AP

Max Mosley (E) ao lado de Ron Dennis, chefe da McLaren
Foto:  Bas Czerwinski  /  AP


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