O arquivamento do relatório elaborado pela Comissão de Ética na reunião da noite de segunda provocou a renúncia de um conselheiro do Grêmio. O documento solicitava que fosse votada a exclusão do ex-presidente José Alberto Guerreiro do quadro social do clube, em razão do escândalo dos cheques da ISL.

Por 115 votos contra 89, o Conselho decidiu arquivar o documento, conforme haviam solicitado em discurso o ex-presidente Fábio Koff e o atual Paulo Odone. Indignado com a decisão, o conselheiro Ben-Hur Marchiori renunciou ao cargo. Outros conselheiros utilizaram a palavra “pizza” para se referir ao caso.

– Esse arquivamento puro e simples não foi um desrespeito com o Comissão de Ética, mas fundalmentalmente um desrespeito contra a própria torcida e a sociedade como um todo – afirmou o conselheiro Pedro Ruas, relator do documento.

Presidente entre os anos de 1999 a 2002, Guerreiro é suspeito de participar no desvio de US$ 310 mil em cheques enviados ao Grêmio em 2000 pela ISL, ex-parceira do clube, para saldar dívidas. O dirigente ainda responde processo na Justiça e caso seja condenado será automaticamente expulso do Conselho, conforme prevê o estatuto do clube.