| 18/06/2007 22h22min
Mesmo depois de ouvirem das autoridades brasileiras tudo o que foi preparado para evitar o confronto de torcidas, dirigentes do Boca presentes na reunião de preparação para o jogo contra o Grêmio, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, dizem estar preocupados com as ameaças à sua torcida no Brasil.
– Temos temor pelo que se diz em Porto Alegre depois do que aconteceu em Buenos Aires – afirma Luis Buzio, secretário geral do clube argentino, em alusão aos ataques a ônibus dos gaúchos.
Buzio era um dos três representantes do Boca presentes na reunião sobre a segurança da partida. As autoridades brasileiras se decepcionaram porque eles não forneceram informações sobre as excursões, como os horários de partida e o número preciso de ônibus. São esperados cerca de 30 ônibus e cinco aviões fretados.
O cônsul geral da Argentina em Porto Alegre, Jorge Biglione, diz ter recebido relatos de que poderia haver revide pela violência no jogo de ida.
– Tenho dito que não venham sem ingresso e que confiem na tranqüilidade – revela o cônsul.
A operação contra o revide aos maus tratos recebidos por gremistas antes e depois do jogo de Buenos Aires começará a 649 quilômetros de Porto Alegre, em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Argentinos que não tiverem ingressos para o jogo do Olímpico serão retidos.
– Eles não vão poder entrar no Brasil – avisa o subsecretário estadual de Segurança, Ademar Stocker.
As excursões serão escoltadas a partir de Charqueadas, a 55 quilômetros do local do jogo. Depois, no posto do ICMS, na entrada de Porto Alegre, a Polícia Rodoviária Federal passa o comboio para os cuidados da Brigada Militar. Haverá ainda uma nova parada no Parque Maurício Sirotsky, onde ficarão estacionados os ônibus. De lá, os torcedores tomam o caminho do Olímpico.
Quem vier em um dos cinco vôos fretados será conduzido direto do setor de imigração para o estádio em ônibus, sem nem passar pelo saguão do aeroporto Salgado Filho.
ZERO HORA