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 | 31/05/2007 21h26min

Alex Alves isenta Juventude de culpa por doping

Procurador do atleta considerou a punição um imprevisto

O atacante Alex Alves não culpou o Juventude pela sua punição por doping. O atleta, que pegou 120 dias de suspensão, ingeriu sibutramina. A substância estava contida no complemento alimentar CLA, proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

– O Juventude vem dando toda a infra-estrutura para o Alex Alves, ele está adaptado a Caxias e cumprirá o seu contrato, que vai até 31 de dezembro. Ele não está culpando o clube, o que aconteceu foi um imprevisto – destacou o procurador do atleta, Frederico Moraes, à Gazeta Press.

O Juventude alega que a empresa IntegralMédica S/A Agropecuária e Pesquisa, de São Paulo, tinha uma liminar permitindo a produção e comercialização do CLA no Brasil. No entanto, a nutricionista do clube, Fernanda Pezzi, interrompeu a prescrição do medicamento em 20 de abril, 23 dias após a Anvisa derrubar o parecer.

Moraes também acredita na inocência da profissional do clube. Segundo ele, tanto Fernanda como Alex processarão a IntegralMédica.

– O produto era ilegal, mas a nutricionista não sabia. Tanto que até ela está indo atrás de medidas legais contra a empresa. O próprio Alex vai tomar medidas contra eles – revelou.

O CLA (sigla em inglês de ácido linoléico conjugado) propriamente dito não é proibido no esporte. O que acontece é que não há no Brasil dados concretos sobre o suplemento. Assim, quem o consume está sujeito a riscos. Foi o que aconteceu com Alex Alves, que acabou flagrado com sibutramina, substância classificada como estimulante pela lei antidoping.

Alex se considera inocente por ter se dopado involuntariamente, e conta com o apoio do Alviverde para escalá-lo. O clube contratou o advogado Celso Rodrigues para tratar do caso e já entrou com uma liminar para obter a liberação do atleta. Como todas as instâncias no TJD da FGF estão esgotadas, o recurso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) aguarda data para ser julgado.

– Agora é esperar – resume Moraes, garantindo que o nome do atacante não será manchado. – Está comprovada a inocência dele. Em certos casos, a moral vale muito mais que dinheiro. E a moral dele está ficando limpa nessa história – acrescentou.

GAZETA PRESS

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