| 08/05/2007 11h09min
O patinador gaúcho Marcel Stürmer aposta em um samba para conquistar sua segunda medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos, em julho, no Rio de Janeiro. O atual campeão pan-americano e brasileiro de patinação artística apresentou sua nova coreografia no final da tarde de domingo, durante o Campeonato Gaúcho de Patinação Artística, em São Leopoldo, no Vale do Sinos.
Não faltaram saltos triplos e seqüências de giros nos quatro minutos de apresentação, aguardada com expectativa pelo público. Sobre os patins, Stürmer mostrou ter samba no pé.
No remix que une batucada, bossa nova e samba, o patinador de Lajeado pretende conquistar júri e platéia no Pan. A coreografia homenageia o Brasil e diferentes esportes que estarão nos jogos: simula um pênalti, um saque do vôlei ou um passe do basquete.
– É uma homenagem ao Pan, às pessoas que acreditam na patinação que estarão lá no dia. Eu imagino o sambão, tocando superforte, a galera ajudando, colaborando, incentivando para que tudo saia certo e a gente consiga o melhor resultado possível – destacou Stürmer.
Aos 21 anos, Stürmer acumula cerca de cem medalhas, entre elas o ouro em Santo Domingo/2003 e dois bronzes em mundiais. É o quinto melhor do mundo na categoria sênior.
Domingo, em São Leopoldo, além de competir, deu um show: levou o campeonato, foi aplaudido em pé e recebeu cumprimentos dos demais competidores. Estrear no Rio Grande do Sul já é uma tradição para o patinador:
– Gosto que o povo gaúcho seja o primeiro a ver a coreografia, porque eu represento o Estado – salientou
Foram duas semanas de treino com a nova coreografia, montada pelo paulista Max Coelho dos Santos. O menino que começou no esporte aos seis anos, com patins emprestados, também se prepara para o campeonato brasileiro, em Santos (SP), de 14 a 20 de maio.
– Quando ele começou, achamos que era coisa de criança. Não íamos investir em patins. Mas logo percebemos que levava jeito – contaram os pais, Jacson e Cleonice Stürmer.
– Ele saiu executando coisas que crianças que treinavam havia um ano não conseguiam – lembrou a técnica, Jaqueline Nonnenmacher.
CARLA DUTRA/ZH