| 25/04/2007 17h37min
O Chelsea deu um grande passo para quebrar o tabu em competições internacionais. Na tarde desta quarta, atuando em Stamford Bridge, os Blues venceram o rival Liverpool por 1 a 0 pelo jogo de ida das semifinais da Liga dos Campeões. Joe Cole marcou pelo time da casa aos 28 minutos de jogo.
Mesmo com a boa quantidade de jogadores à disposição, o técnico José Mourinho sentiu a falta de alguns nomes em sua equipe, como o volante Essie, por exemplo. O resultado disso foram os mandantes atuantes desde os primeiros minutos de partida, o suficiente para abrirem o placar, e depois o privilégio à defesa.
O time mais caro do mundo começou melhor a partida e levou perigo aos rivais logo aos sete minutos. Ashley Cole cruzou da esquerda, Drogba centrou de cabeça e Shevchenko fez o corta-luz para o chute de Lampard, brilhantemente defendido por Reina. No rebote, o ucraniano dominou dentro da área, mas finalizou por cima do travessão.
O Liverpool não conseguia jogar, via seu meio-campo em dia sem inspiração e com isso obrigava a defesa a fazer ligação direta com o ataque. Melhor para os mandantes, que quase sempre recuperavam a bola e desperdiçavam grandes chances de gols. Aos 18, Shevhenko recebeu passe dentro da área, passou pela marcação e chutou cruzado junto à linha de fundo, para fora.
Cansado de ver o rival crescer, o Liverpool respondeu. Aos 20, Zenden arriscou um chute de fora da área. No minuto seguinte, Riise arrancou um cruzamento pela lateral direita, Kuyt conseguiu desviar de cabeça e Cech aparecer bem para defender. Era promissor, mas era pouco aos visitantes, que aos 23 quase viram o Chelsea abrir o placar em uma cobrança de falta de Lampard.
A dificuldade do Liverpool no ataque era visível e custou caro aos 28. Em duas jogadas típicas do futebol inglês, o Chelsea abriu o placar. Terry ganhou a disputa de bola pelo alto com Kuyt, avançou por todo o campo de jogo em contra-ataque e lançou Drogba pela ala direita. O atacante seguiu em velocidade com Agger no encalço, esperou a aproximação de Joe Cole e cruzou na medida para o companheiro desviar e marcar.
O gol segurou um pouco o ímpeto dos Blues e desorientou o Liverpool. Desamparados pelo seu principal jogador, só ressurgiram quando o mesmo reapareceu levando certo perigo. Aos 36, Kuyt venceu disputa de bola com Paulo Ferreira e cruzou da esquerda. Gerrard veio por trás da zaga e desviou para fora, por pouco não pegando Cech de surpresa. O mesmo goleiro teve de esforçar aos 43, quando pulou no ângulo para salvar um desvio errado de Paulo Ferreira, que seria um gol contra.
Na volta do segundo tempo, os Reds se arriscaram mais ao ataque, mas mostravam as mesmas deficiências no ataque, perdendo três lances consecutivos. Na primeira, aos 43 segundos, Gerrard chuta muito forte, para fora. Aos três, Riise dominou de fora da área e finalizou nas mãos de Cech. Fechando a série. Kuyt desviou cruzamento da esquerda e o goleiro do Chelsea pulou para salvar, dois minutos depois.
A pressão do Liverpool era total, Rafa Benítez percebeu isso e mandou o grandalhão Peter Crouch a campo. A resposta da equipe foi rápida e aos oito, a melhor chance dos Reds na partida. Riise cobrou lateral para dentro da área, a zaga afastou de qualquer jeito e a bola parou nos pés de Gerrard. O meia emendou o chute de primeira e Cech saltou no canto esquerdo para evitar o gol quase certo.
A partida tomou ares de sonolência e só voltou a cativar o público de Stamford no final, quando os Blues voltaram a se arriscar no ataque. Aos 35, quase veio o segundo. Drogba desviou de cabeça, Lampard pegou a sobra e emendou o chute, para uma excelente defesa de Reina. No rebote, Kalou chutou e o goleiro salvou de novo. Nos instantes finais, Wright-Phillips também experimentou de longe e por pouco não foi premiado com um gol, mostrando que o 1 a 0 foi apenas um aperitivo para a próxima terça.
O gol saiu em duas típicas características do futebol inglês, o contra-ataque e o cruzamento à área, aos 29 minutos da etapa final, com Joe Cole. O Liverpool, apesar da vantagem tática, não conseguiu converter as chances criadas e ainda parou nas mãos do goleiro Petr Cech, em dia inspirado.
Resta aos Reds acreditar que a história de duas temporadas atrás se repita na próxima terça, em Anfield Road. Na ocasião, o Liverpool superou o rival também nas semifinais e acabou conquistando o título da Liga. Entretanto, será necessário mais vontade, principalmente, para conseguirem reverter a desvantagem e se classificarem para a decisão do dia 23 de maio, em Atenas.
GAZETA PRESS