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 | 18/01/2007 21h47min

Brasil-Pe usa criatividade para driblar a crise

Clube perdeu patrocinadores e têm dîvidas de mais de R$ 300mil

Apesar da excelente campanha na Série C do Brasileirão, ano passado, praticamente a totalidade dos patrocinadores que investiam no Brasil-Pe não renovou o contrato em 2007. Sem dinheiro, e com dívidas que ultrapassam R$ 300 mil, o Xavante busca na criatividade alternativas para montar o grupo de jogadores.

E que grupo. Mesmo sem dinheiro, a diretoria rubro-negra apresentou à torcida reforços de peso, como os volantes Marcos Basílio (ex-Santos), Ramón (ex-Criciúma) e Mineiro (ex-Juventude e Fluminense). Mesclados à base vitoriosa de 2006, os novos jogadores formam um time ainda melhor do que o anterior, pelo menos no papel.

Para comandar as camisetas rubro-negras, o presidente Helder Lopes trouxe o mineiro Ney da Matta, ex-Ipatinga. Ele substitui a aposta Alberto Quintela, um treinador uruguaio que não resistiu à pressão após duas derrotas em amistosos na pré-temporada. Outros atletas vieram de duas parcerias: com o Grêmio, e com o clube polonês Pogon MKS, que mantém um centro de treinamentos em São Paulo.

Do tricolor gaúcho chegaram três campeões da Copa FGF - Révson, Guilherme Só e Rodrigo Carioca, e Válter Júnior, contratado pelo Grêmio junto ao Guarani (SP), e repassado ao Xavante. Do Pogon desembarcaram no estádio Bento Freitas os jovens Fabão, Elenildo e Willian, além do volante Mineiro.

Remanescentes do 7° lugar na Série C, figuram entre os titulares deste ano o atacante uruguaio Cláudio Milar, responsável pela parceria com o Pogon (seu ex-clube), o lateral direito Júlio e o goleiro Rodrigo Silva, todos eles destaques e ídolos da torcida rubro-negra.

O Xavante estréia dia 21, contra o XV de Novembro, em Campo Bom. Para ir ao Vale dos Sinos, a torcida Xavante se organiza em excursões para lotar o estádio Sadi Schmidt. Everton Severo e Renato, ex jogadores do Brasil-Pe e hoje no XV, serão marcados pelas vaias dos rubro-negros. Eles são acusados de ter negociado com o clube de Campo Bom durante a disputa da Série C, e nem atuaram nas partidas finais, quando o Brasil-Pe já estava eliminado da disputa por uma vaga na Série B.

EDUARDO CECCONI/ZH

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