Ainda sem Zé Roberto, que ficou na Baixada Santista aprimorando a forma física para poder estrear por sua nova equipe, e sem a experiência de Fábio Costa, suspenso, o Santos foi ao Ceará encarar o Fortaleza no início da noite deste domingo com a missão de diminuir a diferença em relação ao líder São Paulo, que não saiu do empate sem gols contra o Corinthians nesta rodada.

Diante de um adversário motivado pela estréia do técnico Roberval Davino, o Santos oscilou bons e maus momentos e não conseguiu, mais uma vez, seu objetivo. Chegou a abrir vantagem com um golaço de Denis, mas vacilou na etapa final e acabou permitindo o empate do tricolor cearense, que marcou com Rinaldo e teve chances para virar o jogo.

Com o empate em 1 a 1, o Peixe perdeu mais uma chance de encostar no São Paulo e permanece quatro pontos atrás do líder, junto com o Grêmio, que no sábado empatou em 1 a 1 com o Vasco.  Para piorar a situação, caiu para terceiro na tabela, já que o Inter bateu o Atlético-PR e chegou a 40 pontos na classificação.

Merece destaque negativo a atuação do trio de arbitragem e do árbitro reserva, que não explicaram os motivos pelos quais deixaram em campo o lateral santista Denis, punido com dois cartões amarelos. A explicação (o primeiro cartão teria sido dado a Manzur) também não convenceu, pois o zagueiro santista, a exemplo do lateral, também já havia recebido um cartão amarelo.

Mesmo atuando no acanhado Estádio Presidente Vargas, o Peixe começou o jogo tentando sufocar o adversário, utilizando principalmente os bons avanços de Denis e Kleber pelas laterais do campo. Pela direita, vieram dois cruzamentos para Wellington Paulista, mas o atacante manteve a rotina de perder gols e não conseguiu superar Albérico.

Cléber Santana e André Luiz, ambos de fora da área, também testaram a elasticidade do experiente goleiro e levaram calafrios ao torcedor cearense, que lotou as dependências do estádio. Os melhores lances do Fortaleza nos 45 minutos iniciais, no entanto, não vieram da forma que Luxemburgo imaginava.

Preocupado com o jogo aéreo de Finazzi, o Peixe abriu espaços no meio-campo e permitiu uma bela enfiada de bola de Lúcio para Jorge Mutt, que por pouco não surpreendeu o jovem goleiro Felipe. O mesmo Jorge Mutt teve outra oportunidade aos 23, mas, desta vez, o chute forte parou nas mãos do goleiro santista, salvo por Maldonado aos 35 em outra estocada do camisa oito cearense.

Antes do intervalo, quando estava dominado pelo time da casa, o Peixe abriu o placar. Denis saiu da lateral, tabelou com Cléber Santana e soltou a bomba, sem chances para Albérico. O placar poderia ter sido ampliado depois de uma bobeira de Wendel, mas Rodrigo Tiuí abusou do preciosismo e chutou fraco, nas mãos do goleiro cearense.

Na etapa final, o Fortaleza voltou mais ofensivo, com André Cunha e Rinaldo nos lugares de Chicão e Bruno Barros, respectivamente, enquanto o Peixe trocou o pendurado Manzur por Domingos. A primeira chance de gol foi do Peixe. Denis, o melhor do time, colocou a bola por entre as pernas de Wendel e cruzou para Wellington Paulista, que cabeceou por cima da meta de Albérico.

Melhor em campo, o Santos foi castigado aos 13 minutos quando Lúcio invadiu pela esquerda e achou Rinaldo na área. Mesmo marcado por dois zagueiros, o habilidoso atacante encontrou espaços e fuzilou o goleiro Felipe, deixando tudo igual no placar.

Aos 16 minutos, confusão. Denis, que teria levado cartão amarelo no momento em que fez seu gol, tomou outro do árbitro Lourival Dias Lima Filho e continuou em campo normalmente. A papeleta do quarto árbitro, segundo os repórteres de rádio, tinha o número de Denis (4) riscado, e em seu lugar estava o de Manzur (2).

Aos 36, mais confusão. Maldonado e Finazzi trocaram tapas dentro da área santista e receberam cartão vermelho graças à ajuda do auxiliar Adson Márcio Lopes Leal, que “dedurou” os brigões ao árbitro Lourival Dias Lima Filho. Os minutos finais foram de total pressão do Fortaleza em busca da virada, mas o Peixe segurou o resultado e trouxe um ponto de volta para casa.

GAZETA PRESS