O Caxias decidiu não mais recorrer ao Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF), Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no caso envolvendo a perda da vaga da Série A para o Figueirense. A partir de agora, os caminhos serão outros. Seria como se o caso voltasse à estaca zero.

Serão novas denominações, novos envolvidos, novos artigos, novos pedidos. É como se estivesse começando uma nova competição. O que o Caxias quer é a aplicação do parágrafo 3 do Artigo 14 do Regulamento Geral das Competições, que é explícito em seu item 1: "Se a associação que houver dado causa à suspensão era, na ocasião desta, ganhadora, será ela declarada perdedora pelo escore de um a zero (1 x 0).

Os advogados Marco Aurélio Pachá e Daniel Cravo Souza, acompanhados pelo presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Emídio Perondi, estiveram ontem na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e entregaram o novo requerimento, que será analisado pelo Departamento Técnico da entidade. "Agora, é só aguardar a resolução", afirmou Pachá. Uma resolução que deve sair em duas semanas. Se o parecer for favorável, o Caxias retorna à primeira divisão. Caso contrário, entram novamente em cartaz os recursos.

"Ambas as partes podem recorrer a um novo julgamento", salientou o advogado. Ou seja, a vaga, mais uma vez, deve ser decidida pelo STJD.

A entrega do requerimento foi acompanhada de algumas conversas. Por exemplo, com o assessor do departamento jurídico da CBF, Valed Perry, e com o diretor jurídico da entidade, Carlos Eugênio Lopes. "Nenhum deles opinou sobre o caso. Mesmo porque eles devem ser consultados pelo Departamento Técnico, cuja incumbência é firmar esse parecer e aplicar o regulamento", salientou Pachá, que aproveitou para tranqüilizar o torcedor do Caxias.

"Se querem que se aplique o regulamento, que ele seja, então, aplicado. O artigo 14 é extremamente claro e tenho certeza de uma coisa: se o parecer for favorável, podemos comemorar a volta à Série A."