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 | 11/06/2006 11h13min

Zico trava duelo com Hiddink na estréia do grupo do Brasil

Duelo com sabor de decisão ocorrerá amanhã

O brasileiro Zico, técnico do Japão, e o holandês Guus Hiddink, técnico da Austrália, fazem um duelo com sabor de decisão amanhã, já que o vencedor do confronto disputará o segundo lugar do grupo F com a Croácia caso o Brasil confirme sua condição de grande favorito às oitavas-de-final.

O jogo entre Japão e Austrália será disputado no Fritz-Walter-Stadion, em Kaiserslautern. Zico, batizado de Kamisama, que significa senhor Deus, é, sem dúvida, uma das grandes personalidades da história do futebol brasileiro – disputou as Copas de 1978, 1982 e 1986 –, e agora quer fazer a diferença em favor da seleção japonesa, que já mostrou a que veio nos amistosos preparatórios, quando abriu 2 a 0 na Alemanha (2 a 2 no final).

Hiddink já passou pelos bancos de grandes clubes do planeta. Além de sua experiência em equipes do futebol europeu, no Mundial anterior (2002) levou a Coréia do Sul às semifinais, e na Copa da França (1998) a Holanda também até a mesma fase. Agora, devolveu à Austrália a oportunidade de voltar a sonhar em uma Copa do Mundo.

Mas sua ambição não parou com a conquista da vaga para o Mundial.

Do duelo nos bancos de reservas dependerá boa parte do confronto desta segunda-feira, até porque também terão de se recuperar até o confronto alguns jogadores lesionados, como os meias Nakata e Nakamura e o brasileiro naturalizado japonês Alessandro Santos pelo lado do Japão, e os atacantes Kewell e Viduka pelo australiano.

A Austrália, que também deixou claro seu potencial com uma vitória sobre a Grécia e um empate contra a Holanda na última fase de preparação para a Copa, não esquece ainda a derrota para o Japão nas semifinais da Copa das Confederações de 2001 (1 a 0), graças a um gol de Nakata, e quer revanche contra a equipe de Zico.

Hiddink, que advertiu seus atletas de que devem ter um comportamento exemplar em campo, pode recuar Brett Emerton, um de seus jogadores mais experientes, do meio para a lateral-direita. No ataque, Viduka, do Middlesbrough e capitão da seleção, deve ser o único no setor, embora possa contar com a companhia de Kewell.

A altura e força física de Viduka, assim como sua experiência, são alguns dos trunfos da Austrália. No entanto, Zico explicou que trabalhou com seus zagueiros para que aproveitem sua rapidez e concentração para frear as investidas do atacante rival.

O goleiro Mark Schwarzer assegurou que este jogo "é muito importante", porque é o primeiro e porque "é transcendental começar bem para enfrentar o Brasil logo depois", embora tenha ressaltado que somente tem pensado neste jogo e não nos próximos do grupo.

Um dado curioso é a mascote do Japão, um pequeno cachorro que foi levado à Alemanha após ser vacinado e apresentar os correspondentes testes veterinários para obter a permissão. Desde que o animal está com a equipe, ela se mostrou invencível - não perdeu em 18 jogos.

Se a boa notícia para o Japão é a presença de sua mascote, será ainda mais a de Alex Santos, o rápido lateral-direito do Urawa Reds e que desempenha um papel importante no esquema de Zico (3-5-2).

AGÊNCIA EFE

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