O holandês Guus Hiddink, treinador da seleção australiana de futebol, adversária do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo, acredita que seus jogadores fizeram grandes progressos incríveis desde que se classificaram para a competição, em novembro, vencendo o Uruguai.

Hiddink, que levou Holanda e Coréia do Sul às semifinais nos dois últimos Mundiais, acha que os "Socceroos" estão prontos para o torneio mais esperado do mundo.

– O progresso em apenas alguns meses foi incrível, se compararmos nosso futebol com o nível de seis meses atrás. Sabemos o que nos espera na Copa do Mundo, nos aspectos físicos e táticos. O empate no amistoso com a Holanda nos deu maior confiança. Se bem que isso já tínhamos desde que vencemos o Uruguai – acrescentou Hiddink.

Apesar da boa atuação no amistoso, porém, o goleiro Mark Schwarzer não garantiu a vaga de titular. Hiddink só vai escolher o dono da posição no último treino antes da estréia contra o Japão.

Schwarzer trava um intenso duelo com Zeljko Kalac, do Milan,que fechou o gol no amistoso entre Austrália e Grécia, em Melbourne, dia 25 de maio.

– Vamos decidir sem emoção, sem preferência pessoal, analisando a atuação de cada um para tomar a decisão final – disse Hiddink.

Já o zagueiro Craig Moore rebateu as críticas dos jogadores holandeses sobre a violência dos australianos. A Austrália terminou o jogo com 10 homens, devido à expulsão do volante Luke Wilshire.

O apoiador holandês Phillip Cocu precisou abandonar o campo, machucado. Também sofreram lesões os holandeses Wesley Sneijder e von Bronkhorst.

– Acho que os australianos jogaram um futebol muito violento – criticou Cocu, segundo o jornal australiano The Daily Telegraph.

– Sempre há jogadas um pouco agressivas em jogos de futebol. Mas nunca existiu a intenção de machucar um adversário. Depois do jogo tivemos uma relação amistosa com todos os holandeses – afirmou Moore.

AGÊNCIA EFE