Engenharias e Tecnologias | 12/01/2012 17h
A evolução tecnológica tornou-se algo contínuo e extremamente dinâmico para engenharia, fazendo com que soluções inovadoras, para as mais diversas áreas, sejam apresentadas a uma velocidade impressionante. Uma das principais protagonistas que permitiram este avanço tecnológico com tamanha rapidez e constância foi a Engenharia Eletrônica. É o que diz Angelo Zerbetto, coordenador do curso de Engenharia Eletrônica da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Para ele, o desenvolvimento de novos processos de fabricação e de componentes eletrônicos beneficiaram inúmeras áreas da economia mundial.
— Setores como de semicondutores, pesquisas e as descobertas de materiais se beneficiaram através do desenvolvimento de aplicações que, hoje, são usadas na agricultura, na indústria ou como bens de consumo — explica.
Zerbetto conta que nos países desenvolvidos, cerca de 12% do Produto Interno Bruto (PIB) é gerado pela indústria eletrônica. No Brasil, a participação deste segmento é de menos de 2% do PIB.
— Tendo como pano de fundo este cenário, o governo brasileiro vem adotando várias medidas para incentivar o desenvolvimento desta área, sendo a mais importante até o momento a abertura do CEITEC, empresa pública, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia que tem como missão o projeto e fabricação de circuitos integrados. A necessidade da expansão da participação da indústria eletrônica no PIB do país tornará o mercado de trabalho para o Engenheiro Eletrônico um campo de bastante fértil e promissor — aponta o professor.
O coordenador explica que a Engenharia Eletrônica permite uma atuação ampla do profissional da área pois com a evolução da indústria de semicondutores diversos setores se beneficiaram dos recursos disponibilizados, recursos estes projetados, desenvolvidos e aplicados por engenheiros eletrônicos:
— O engenheiro eletrônico participa de projetos que vão desde o desenvolvimento dos celulares, passando pelos computadores de bordo automotivos, até o desenvolvimento de equipamentos de automação e sistemas de controle aplicados na área do petróleo, por exemplo.
Segundo Zerbetto, o profissional é habilitado para trabalhar em empresa que atue no mercado industrial, automotivo, comercial e financeiro, alimentício, hospitalar e de saúde em geral, de sistemas de automação predial e residencial, na fabricação, na aplicação e na manutenção de máquinas, equipamentos e sistemas elétricos e eletrônicos.
O profissional atua na área de materiais e desenvolvimento de sistemas, produtos e equipamentos eletrônicos, sistemas embarcados, conversores, equipamentos biomédicos e informática médica. Planeja, projeta em hardware e software, instala, opera e mantém sistemas e instalações eletrônicas, equipamentos, dispositivos e componentes odonto-médico-hospitalares e de instrumentação biomédica, sistemas de áudio e vídeo, comunicação de dados, sistemas de medição e instrumentação eletroeletrônica, acionamentos de máquinas, controle eletrônico e de automação e de sistemas eletrônicos embarcados e processamento de sinais-imagem. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres.
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