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Quem usa óculos reclama que eles apertam o nariz, que muitas vezes são feios e sem graça e as mulheres dizem que não há maquiagem que fique bonita por trás daquelas lentes.
Mas, graças à medicina moderna, isto tem solução: a cirurgia refrativa. Sabe o que é a refração? Quando a luz entra no olho ela sofre um fenômeno chamado de refração, que é a passagem da luz de um meio para o outro, e a cirurgia refrativa é o procedimento cirúrgico que visa a mudar a refração dos olhos e certos prejuízos que ela pode salvar como a miopia, astigmatismo e hipermetropia.
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A cirurgia é feita com aparelhos a laser e que esculpem a córnea do paciente e são realizada, normalmente, através de três tecnologias: a PRK, a Lasik e o implante de lente intraocular para alta miopia. Entenda, abaixo, um pouco mais sobre estas técnicas.
· PRK: Neste procedimento, raspa-se o epitélio, que é a camada externa da córnea, onde depois será aplicado o laser. A desvantagem é o pós-operatório que é mais dolorido do que o Lasik. É indicado para graus baixos e médios. (veja tabela abaixo)
· Lasik: Com o microcerátamo, uma lâmina cirúrgica, é feito um corte manual no epitélio chamado de flap ou lamela. O interior da córnea é esculpida com o laser para eliminar o grau e recolocar o epitélio no lugar. A recuperação costuma ser mais rápida, porém deixa o olho mais seco.
· Implante de lente intraocular para alta miopia: É indicada para graus altos. Implantada entre a íris e a córnea, a cirurgia é feita a partir de uma incisão de 3mm que cicatriza naturalmente.
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Quem pode fazer a cirurgia?
O oftalmologista Gelson Denis Bernardon explica que a cirurgia é aconselhada para pessoas a partir dos 20 anos, pois nesta idade é esperada a estabilização do grau. “Ter a córnea saudável também é um dos pré-requisitos”, diz. Já após os 40 anos, é feito uma análise do grau de longe e o de perto, e nestes casos, o oftalmologista observa se é indicado o uso de óculos para leitura. Na avaliação pré-operatória, a consulta oftalmológica é realizada normalmente, porém são necessários alguns exames complementares mais específicos para afastar a possibilidade de haver alterações ou degenerações oculares que impossibilitem a cirurgia. Pessoas que possuem doenças oculares infecciosas como conjuntivites e ceratites, quem tem ceratocone e transplante de córnea não devem fazer a cirurgia. “Crianças também não podem, pois o grau ainda não esta estável”, ressalta. O médico lembra que o procedimento a laser deve ser feito para quem tem até 10 graus de miopia. Quem tem acima disso deve fazer o implante de lente intraocular.
Tipos de refração
Miopia: Caracteriza-se pela dificuldade para enxergar de longe. Atinge cerca de 25% da população. A miopia pode ser de dois tipos: de campo e ou de curva.
De campo é quando o olho é mais comprido; de curva é quando a córnea é muito acentuada. As imagens dos objetos localizados à distância, convergem para um ponto focal antes de alcançar a retina e formam-se de maneira borrada.
A visão de um míope é borrada. (Crédito: National Eye Institute, National Institutes of Health)
Hipermetropia: É a dificuldade para enxergar de perto. Na hipermetropia, a imagem dos objetos é focada atrás da retina. Pode ser causada pela curva muito baixa da córnea ou do tamanho do olho ser pequeno no plano horizontal.
Astigmatismo: Quem tem astigmatismo tem dificuldade para enxergar de longe ou de perto. Caracteriza-se por uma deformidade na curvatura da córnea.
O médico explica que o pós-operatório geralmente é rápido e fácil e é feito com uso de colírios especiais e óculos solares. O oftalmologista finaliza dizendo que a cirurgia refrativa evoluiu muito nos últimos anos com o uso de aparelhos de excimer laser cada vez mais modernos e, por tanto, as chances de se ter uma boa visão são cada vez maiores. “Com elas conseguimos atingir um número maior de pacientes, mas devemos sempre ter em mente que cada caso tem que ser individualizado e respeitar todos os pré-requisitos para a cirurgia”, explica.
Tabela dos graus:
- 1 a 2 graus: baixo
- 3 a 6 graus: médio
- Acima de 6 graus: alto
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