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Cirurgias e tratamentos prometem acabar com o suor excessivo

Saiba mais sobre a hiperidrose, problema que afeta cerca de 4% da população brasileira

Você tem suor excessivo? Apertar a mão de alguém, fazer um carinho na namorada ou calçar um sapato sem meia causa desconforto? Cerca de 4% da população brasileira sofre com esse mal, conhecido como hiperidrose.

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Não se trata de uma doença, mas sim de um distúrbio que faz aumentar a produção de suor e que ocorre devido a um descontrole das glândulas sudoríparas. As pessoas com hiperidrose transpiram mais do que o normal, o que pode comprometer até mesmo o convívio social.

Segundo o médico cirurgião Aristóteles Scipioni, o suor excessivo costuma se manifestar nas axilas, no rosto, nas mãos e nos pés, dependendo do paciente. As razões da hiperidrose ainda são desconhecidas, mas se sabe que às vezes pessoas da mesma família apresentam o problema, o que pode ser uma indicação de influência genética. A hiperidrose é mais comum em jovens e adultos, mas algumas pessoas podem ser afetados desde a infância. É menor a frequência após os 35 anos, de acordo com Scipioni.

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O principal sintoma da hiperidrose é o suor excessivo, que muitas vezes vem acompanhado de odor. As pessoas com o problema têm dificuldades de usar roupas coloridas, pois pode manchar. Mesmo nos dias de frio o suor está presente, o que faz aumentar ainda mais a ansiedade. "A hiperidrose tem solução, um dos tratamentos mais comuns é o uso de toxina botulínica. O procedimento é ambulatorial e começa com a aplicação de um creme anestésico, seguido por diversas injeções locais. A toxina botulínica faz um bloqueio nas transmissões nervosas das glândulas sudoríparas, diminuindo a quantidade de suor. A técnica tem efeito imediato e o paciente não precisa se ausentar das suas atividades cotidianas. É importante lembrar que a duração é de três a seis meses. Depois, o procedimento precisa ser feito novamente", explica.

Para quem procura uma solução definitiva para o problema, o médico aconselha procedimentos cirúrgicos, que podem variar de acordo com os sintomas de cada um. A simpatectomia, por exemplo, é indicada ao tratamento de pessoas que suam nas axilas, mãos e pés. É cortado um nervo próximo a coluna que faz o suor diminuir. O procedimento requer anestesia e internação. "Essa cirurgia pode fazer com que o paciente pare de suar nestes lugares, mas passe a suar mais em outras partes do corpo, como barriga e costas. Chamamos isso de suor compensatório", alerta.

Outra alternativa é a adenectomia, uma cirurgia feita para a retirar as glândulas apócrinas. O procedimento também promove a diminuição significativa dos pelos na axila, diminui o odor e reduz de 70% a 95% do suor. Segundo Scipioni, o pós-operatório é praticamente indolor. De acordo o especialista, este procedimento pode ser realizado somente para hiperidrose axilar, não é feita no caso das mãos e pés. Os tratamentos e cirurgias vão depender da avaliação do cirurgião e das condições de saúde do paciente.

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