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Métodos contraceptivos: diferenças, vantagens e desvantagens

Pílula, camisinha, DIU, tratamentos hormonais... Consulte seu ginecologista e descubra o método ideal para você

Os métodos contraceptivos (ou anticoncepcionais) são classificados em cinco grupos: métodos de barreira, métodos comportamentais, dispositivos intra-uterinos, contracepção hormonal e contracepção cirúrgica. Conheça cada um deles:

Métodos Comportamentais

Esses métodos baseiam-se na observação das características do ciclo menstrual, com abstinência sexual durante alguns períodos. Apresentam baixa eficácia, alteram o comportamento do casal, dependem de motivação e aprendizado e não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis/AIDS.

Tabelinha

A famosa tabelinha é bastante utilizada, ainda hoje. Consiste no cálculo do provável dia da ovulação e na abstinência sexual por 7 dias, nessa época. Esse método, porém, só deve ser utilizado por mulheres que tenham os ciclos menstruais regulares e que ovulem sempre no 14º dia do ciclo.

Temperatura Basal

Baseia-se no fato de que após a ovulação ocorre um aumento da temperatura corporal, em 0,3-0,8ºC, por três dias. Antes de iniciar o uso desse método, a mulher deve ter um período de alguns meses, no qual ela avaliará sua temperatura todos os dias e anotará em um gráfico, o que ajudará na determinação do padrão de elevação da temperatura.

Muco cervical, Billings

Com este método, a mulher tenta prever o período fértil por meio da análise do muco proveniente do colo uterino. Logo depois da menstruação, existe um período em que a vagina permanece muito ressecada, e o muco vai aumentando aos poucos e vai se tornando mais escorregadio e elástico (a mulher consegue fazer um "fio" com o muco, abrindo os dedos). Ele fica mais elástico na época da ovulação. Assim, o casal deve fazer abstinência desde o período em que existe pouco muco até três dias depois da data de maior elasticidade.

Ejaculação extravaginal (coito interrompido)

Consiste na retirada do pênis da vagina, antes da ejaculação. Não é um método recomendado, pois leva a um ato sexual incompleto e a ansiedade no casal. O índice de falha é alto porque muitos homens não conseguem controlar o momento da ejaculação e, além disso, o líquido seminal eliminado antes da ejaculação também contém espermatozóides. Outro problema associado a esse método é que ele pode gerar, no homem, ejaculação precoce e disfunção erétil (impotência).

Métodos de Barreira

Esses métodos impedem que os espermatozóides cheguem ao útero.

Camisinha

Existem modelos masculino e feminino (menos popular). A camisinha masculina é um método bastante utilizado, mas depende de uso correto. A grande vantagem é que, além de proteger contra uma gravidez indesejada, protege contra doenças sexualmente transmissíveis, incluindo HIV.

Diafragma

É um dispositivo de borracha ou silicone que recobre o colo uterino. A eficácia desse método aumenta quando a mulher utiliza espermaticida associado (o espermicida é um método químico de barreira que mata os espermatozóides ou impedem seu movimento até o óvulo). Pode ser reutilizado, desde que seja bem lavado após o uso, e conservado com um pouco de amido polvilhado. Ele deve ser colocado pelo menos 15 minutos antes da relação sexual, e deve ser retirado até 6 a 8 horas depois.

Esponja

É uma pequena esponja feita de poliuretano, com espermicida. É descartável, de fácil colocação.

Espermicida ou espermaticida

São substâncias que matam os espermatozóides. Quando usados sozinhos não conferem proteção adequada. Os principais são: nonoxinol-9, octoxinol-9, menfegol.

Dispositivo Intra-Uterino (DIU)

O DIU é um dispositivo geralmente feito de cobre, que é colocado dentro do útero e leva a várias modificações do útero e da tuba uterina, além de provocar reações que matam os espermatozóides. Existem dois tipos principais: 1) o DIU de cobre, largamente utilizado, disponível no sistema único de saúde; e 2) o DIU com hormônio (um tipo de progesterona), de alta eficácia e que apresenta uma ação especial de alterar o muco do colo uterino, impedindo que os espermatozóides cheguem ao útero. O DIU é colocado pelo médico, de preferência durante o período menstrual, e apresenta durabilidade de alguns anos (depende do tipo). É eficaz e o risco de gravidez é bastante pequeno.

Contracepção Hormonal

São constituídos de hormônios sintéticos, geralmente a associação de um tipo de estrogênio e um tipo de progesterona. Esses métodos atuam no centro regulador do ciclo menstrual, levando a um estado em que a mulher não ovula. São bastante eficazes, com uma taxa de gravidez muito baixa. Durante seu uso, podem ocorrer sangramentos irregulares, aparecimento de manchas no rosto e leve ganho de peso.

Contraceptivos Orais

São as famosas pílulas. Elas devem ser iniciadas no primeiro dia da menstruação e continuadas por 21 dias consecutivos, sem falhar. Após o término da cartela, a mulher faz uma pausa de sete dias e reinicia o uso no oitavo dia. É importante tomar a pílula sempre no mesmo horário, recomendação especialmente válida para as mini-pílulas.

Contraceptivos Injetáveis

Existem duas modalidades: mensal e trimestral. É eficaz e de fácil uso, pois a mulher não precisa ficar lembrando todos os dias de tomar a pílula. Após a interrupção do uso, a mulher pode demorar algum tempo (até 9 meses) para conseguir engravidar.

Anel Vaginal

São anéis de material plástico, também contendo hormônio. São inseridos dentro da vagina, onde devem ser deixados por três semanas. A mulher faz uma pausa de uma semana e reinicia o uso. Não atrapalha a relação sexual, nem causa incômodo. É bastante eficaz.

Adesivos Cutâneos

São semelhantes aos utilizados na terapia de reposição hormonal, em mulheres menopausadas. Os adesivos são "colados" na pele, e utilizados por três semanas, com pausa de uma semana. São bastante eficazes e de fácil utilização.

Pílula do Dia Seguinte

Faz com que o útero fique desfavorável à gravidez. Existem dois métodos. O primeiro consiste no uso de pílula própria, em duas doses: a primeira até 72 horas após o ato sexual e a segunda 12 horas após a primeira. O outro método consiste no uso da pílula comum, de forma que a mulher ingere duas pílulas até 72 horas após o ato sexual e mais duas 12 horas depois. Esse método só deve ser utilizado esporadicamente, devido ao esquecimento da pílula ou ao fato de a camisinha ter estourado. Também é indicada em casos de estupro. Atenção: o uso freqüente desse método leva à redução de sua eficácia.

Contracepção Cirúrgica

É o único método de contracepção definitiva. A esterilização feminina consiste na ligadura tubária, ou laqueadura. A masculina é a vasectomia. A vasectomia é um procedimento ambulatorial, é feita sob anestesia local e não causa nenhum tipo de disfunção sexual (como impotência). Esses métodos são de alta eficácia, mas suas indicações são bastante específicas.

(Fontes: www.leituradiaria.com e www.boasaude.uol.com.br)

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