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Quando falamos em harmonização de pratos com bebida, qual é a primeira ideia que nos vem à cabeça? Vinho, não é? Mas a sagrada cervejinha do happy hour está começando a ser vista com outros olhos no Brasil, e a ganhar adeptos para a harmonização. Afinal, existem mais tipos do que podemos pensar a início, e você pode fazer várias combinações de cervejas com pratos diferentes. Mas como isso funciona? Para saber, conversamos com Douglas Salvador e Marcos Camargo, do Clube do Malte:
Como é feita a harmonização de cervejas? É semelhante a harmonização de vinhos?
A harmonização de cervejas é feita basicamente de três formas: Por semelhança, contraste e corte.
A harmonização por semelhança é feita de acordo com a “potência” da cerveja ou do prato escolhido. Pratos leves com cervejas leves, pratos robustos com cervejas robustas.
A harmonização por contraste visa o acréscimo de sabores do prato e da cerveja. Por exemplo, um bolo de chocolate com uma cerveja feita com framboesa. A combinação clássica entre a leve ostra e a cerveja escura e mais potente Stout.
Já a harmonização por corte funciona da seguinte forma: algumas características das cervejas cortam, interrompem alguma características de alguns pratos. Comidas com alto teor de gordura são mais indicadas para acompanhar cervejas alcoólicas e/ou carbonatadas, pois ajudam a limpar a boca. Comidas mais apimentas casam melhor com algumas cervejas com uma quantidade maior de lúpulo, que da uma refrescância, uma amenizada na pimenta e prepara sua boca para a próxima garfada. Então, dá para dizer sim que há uma semelhança entre harmonização de cervejas e vinhos.
Quais são as principais famílias de cervejas e suas características?
As principais famílias de cervejas são as Lagers e as Ales. As Lagers são todas as cervejas cuja fermentação ocorre na parte inferior do tanque, por isso são chamadas de cervejas de baixa fermentação. Na sua grande maioria são leves, refrescantes e não tão complexas. Nesta família está o estilo mais consumido no mundo, a cerveja do tipo Pilsen. Já as Ales são as cervejas de alta fermentação, ou seja, sua fermentação ocorre na parte de cima do tanque. Neste estilo estão algumas das melhores e mais complexas cervejas do mundo.
Dá para harmonizar cerveja com sobremesa?
Com certeza. As mais indicadas são as cervejas do estilo Porter, Stout e Imperial Stout. Elas casam muito bem com sobremesas a base de chocolates, frutas vermelhas. Outro estilo de cerveja muito bom para este tipo de harmonização são as cervejas de frutas, aquelas que levam adição de framboesa, cereja, etc, em sua fórmula.
O Brasil já entrou nessa “onda” de cervejas especiais, ou ainda importamos muito?
Ainda estamos importando muitos rótulos, o Brasil ainda está engatinhando nessa onda de cervejas especiais. Novos consumidores estão surgindo dia a dia. Estão começando a entender que pagar 15, 20, 30 reais em uma cerveja não é nenhum absurdo. O que o vinho viveu há 15, 20 anos, a cerveja está vivendo hoje. As cervejas nacionais estão cada vez melhores e micro-cervejarias como Eisenbahn (Blumenau), Colorado (Ribeirão Preto) e Wals (Belo Horizonte) estão produzinho excelentes cervejas que não ficam nem um pouco a quem das importadas.
E sobre as cervejas caseiras? Entram na harmonização também? Temos alguns exemplos em Curitiba?
Assim como a procura de cervejas melhores, esta prática de fabricar sua própria cerveja esta em franca ascensão. Associações espalhadas pelo Brasil estão dando cursos, promovendo concursos e estão tendo uma excelente adesão. As cervejas caseiras, como qualquer outra, podem ser sim harmonizadas com algum prato. Há quem diga que uma cerveja feita na panela fica melhor que uma em escala industrial. Vou citar dois exemplos que estão fazendo muito sucesso no Clube do Malte: a Diabólica, cerveja curitibana feita por Tiago Silva e a De Borá, feita em Imbituva/PR feita pelo Edigyl Pupo.
Existe um tipo de copo indicado para cada tipo de cerveja? Como eles influenciam na degustação?
Existe sim. Cada cerveja tem uma determinada característica e o copo pode ou realçá-la ou escondá-la. Cervejas mais complexas pedem um copo com a boca mais larga, para melhor sentir os aromas que elas tem a oferecer. Já as Pilsners pedem copos com a base mais fina que a parte de cima, para que a bela espuma branca que estas cervejas formam dure até o último gole. Cervejas de trigo alemãs, que têm uma segunda fermentação dentro da garrafa, são servidas em copos altos e estreitos, para valorizar a espuma densa e para que todo o líquido da garrafa seja despejado de uma só vez.
Para finalizar, poderiam dar algumas dicas de harmonização?
Queijos e molhos cremosos combinam muito bem com cervejas. Sempre levando em conta aquelas dicas de harmonização. No lugar daquela pilsen estremamente gelada, vale a pena prová-lo bebendo uma Eisenbahn Dunkel. Para acompanhar um bolinho de bacalhau, a Colorado Appia vai muito bem. Já uma comida mexicana, como carne com chilli e guacamole, acompanha bem uma cerveja do estilo IPA (Índia Pale Ale) como a De Bora Poderosa IPA. Mas lembrando que não há uma regra exata para harmonização, vale a pena experimentar junções diferentes e ver se funcionou ou não.
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