O superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício, confirmou nesta segunda o foco de febre aftosa na Fazenda Vezozzo, que fica no município de Eldorado, a 430 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai.

A confirmação oficial da doença, juntamente com o laudo emitido por um laboratório de Recife e com parecer do ministério, chegou à superintendência na sexta. Ainda de acordo com Felício, a suspeita surgiu no dia 26 de setembro quando o proprietário da fazenda percebeu que alguns animais apresentaram os sintomas. No dia 30 de setembro, a comunicação da suspeita foi feita junto à Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

No dia seguinte, técnicos do ministério e da agência estiveram na propriedade onde recolheram os materiais necessários para exames de comprovação da doença. José Antônio Felício admitiu que os reflexos comerciais no mercado de exportações podem acontecer.

– O ministério está acompanhando passo a passo os procedimentos feitos e já está preparando notas técnicas para os Estados e países que compram animais do Mato Grosso do Sul – explicou.

A propriedade tem ao todo, segundo o superintendente, 582 animais. Desses, 85 apresentaram sintomas da doença. A fazenda Vezozzo atendia todos os requisitos de segurança de vacinação e há mais de 18 meses não recebia animais vindos de fora da propriedade.

– O episódio é preocupante. É pré-maturo fazermos uma análise do mercado neste momento, mas é quase certo que isto trará reflexos na economia sim – concluiu.

O superintendente ainda confirmou que estão sendo preparadas valas para abater e incinerar o gado da propriedade para conter o foco de febre aftosa. Desde de 1999, o Estado não era atingido por uma ocorrência da doença. O último foi registrado em uma propriedade em Naviraí, na região sul do Estado.