Uma novela conhecida do torcedor do Figueirense começa a ser reprisada no Orlando Scarpelli nos próximos dias: a renovação de contrato de William. O meia, cujos direitos federativos pertencem ao Atlético Paranaense, está emprestado ao alvinegro de Florianópolis até o fim do ano.

A direção do Figueira e o jogador têm interesse na renovação, mas o acerto depende do clube paranaense. E, se for seguido o roteiro das duas últimas temporadas, a promessa é de várias semanas de indefinição.

Tanto no fim de 2001, após o vice-campeonato da Série B do Brasileiro, como no fim de 2002, William teve que se apresentar no Atlético-PR e treinar em Curitiba até ser liberado novamente para o Figueira. O clube paranaense foi procurado pelo jogador para iniciar as negociações deste ano, mas não deu resposta.

– Quero ficar aqui, e o Figueirense também manifestou interesse na renovação, mas até agora nem discutimos as bases salariais, porque não temos uma posição do Atlético – disse William.

A maior dificuldade está em uma exigência do clube de Curitiba, que se repetiu nos dois anos anteriores. Para liberar William por mais uma temporada para o Figueirense, o Atlético quer prorrogar seu contrato com o jogador até o fim de 2005. O atual encerra em dezembro de 2004.

– Não tenho interesse nisso, quero ter o passe livre no ano que vem. Das outras vezes, foi possível chegar a um acordo, vamos tentar novamente – afirmou.

A indefinição fez surgir uma série de especulações a respeito do destino de William no próximo ano. Algumas razoáveis, como o interesse do Belenenses, de Portugal, em sua contratação, outras mais improváveis, como a possibilidade de o Avaí entrar no negócio, em função da ida do zagueiro Douglas para o Atlético-PR.

– Não estou sabendo de nada. Há uns três meses, na abertura do mercado europeu, apareceu uma proposta de um clube espanhol, mas agora não existe nada – contou William.

MAURICIO XAVIER/DIÁRIO CATARINENSE