O governador eleito, Tarso Genro, comentou nesta terça-feira a decisão do PDT, que condicionou sua participação no Governo à administração de duas secretarias consideradas de grande porte: da Saúde e da Agricultura.

Tarso deixou claro que vai manter a proposta inicial, de o PDT ter apenas uma das duas pastas. Segundo ele, o tema será o foco de uma conversa definitiva na manhã desta quarta-feira.

— Nós vamos manter nossa proposta, de uma das secretarias, com todo respeito à posição do PDT. Amanhã vamos conversar e tentar colocar um ponto final positivo nesse nosso namoro e já partir para um trabalho comum — disse Tarso Genro.

Tarso salientou que pretende acompanhar de perto os chamados projetos transversais, apontados como os mais importantes do governo, que envolverão duas ou mais secretarias. A ideia é que os partidos tenham representação em todas as secretarias.

— As secretarias não serão feudos particulares de partidos — afirmou.

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Condições do PDT gaúcho

Nesta segunda-feira, por 108 votos a 51, integrantes do PDT gaúcho optaram pela entrada do partido no governo de Tarso Genro. Em uma reunião tensa e marcada por discursos quentes na sede do partido em Porto Alegre, ficou decidido ainda que a permanência no novo governo dependerá do tamanho das secretarias que o PT concederá à legenda.

— Tudo está condicionado a uma negociação — afirmou o presidente estadual da legenda, Romildo Bolzan Junior, após cerca de quatro horas de reunião.

Mais cedo, após encontro com Tarso, Bolzan admitiu abrir mão de uma das duas pastas, consideradas até então fundamentais pelos pedetistas: Saúde e Agricultura.

Sendo assim, eles devem escolher outras duas secretarias entre as pastas de Esporte, Administração, Ciências e Tecnologia ou Gabinete dos Prefeitos.