| 08/11/2010 14h12min
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou nesta segunda-feira, durante a abertura do Congresso Indústria 2010, que a entidade não medirá esforços para impedir a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou a criação de quaisquer tributos.
— Há algumas pessoas sonhando que o R$ 1 trilhão previsto para ser arrecadado para os cofres do governo federal em 2011 talvez seja pouco e andam sonhando com a criação de impostos ou contribuições. O recado que dou a elas é que tenham cuidado porque nós vamos fazer com que esses sonhos virem pesadelos — declarou Skaf.
Ao alegar que a sociedade não suporta mais pagar tantos tributos e taxas, Skaf criticou o argumento de que a recriação da CPMF seria necessária para custear os gastos do estado com a saúde pública. Para ele, antes de pensar em ampliar a carga tributária, os políticos devem regulamentar a Emenda 29, que estabelece a aplicação obrigatória de recursos na saúde pela União, estados e municípios. Segundo ele, somente essa medida injetaria ao menos mais R$ 10 bilhões no setor.
O presidente da Fiesp esclareceu que seu recado não é dirigido a nenhuma pessoa em particular e que, se necessário, a Fiesp irá mobilizar a sociedade com campanhas e um abaixo-assinado, além de participar de audiências públicas em que o assunto esteja em discussão.
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