Faltavam 34 minutos para abrir a seção onde votaria a manicure Jurema Lopes, 63 anos, no centro de Porto Alegre, e ela já estava na fila. Tudo para ser a primeira a votar na seção 322, na Praça da Matriz. O acesso ao local foi liberado um pouco antes das 8h. À frente da fila, ela se encaminhou aos mesários. A votação foi rápida e tranquila, disse Jurema.

— Fui bem rápida, votei em dois minutos — afirmou.

Toda essa pressa porque Jurema queria aproveitar cada minuto do domingo ensolarado. Assim que deixou o local de votação, a manicure se dirigiu a sua casa, em Viamão. O plano era seguir depois até a casa da sobrinha Tenira, na zona norte da Capital.

— Pego o ônibus e dou uma passada na minha sobrinha para aproveitar e almoçar com ela — disse.

Há 30 anos, a aposentada Teresinha Dutra dos Santos, 58 anos, é a primeira ou a segunda a votar em sua seção eleitoral, no Colégio Osvaldo Cruz, no centro de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. A explicação é simples:

— Eu gosto de cumprir a obrigação cedo.

Neste domingo, Teresinha chegou à seção às 7h20min. Foi a primeira. Depois de comparecer à urna, tomou um ônibus para o bairro Canudos. Com o trânsito tranquilo, o trajeto levou entre 25 e 30 minutos, disse a aposentada. O objetivo é passar a tarde com a filha e a neta.

Depois de tantos anos no pódio dos eleitores do Colégio Osvaldo Cruz, agora a aposentada pensa em facilitar um pouco as coisas. Quer transferir o título.

— Pretendo mudar para perto da minha rua já na próxima eleição — garantiu.

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