Eleições | 21/10/2010 18h19min
Em sua rápida passagem por Porto Alegre na tarde desta quinta-feira, a candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, fez questão de reforçar seu vínculo com o Estado — onde venceu o tucano José Serra no primeiro turno com uma diferença de 400 mil votos.
Durante discurso realizado em cima de um veículo nas imediações do Largo Glênio Peres, após uma caminhada de cerca de meia hora no Centro, a petista lembrou que sua filha e seu neto são gaúchos.
— O Rio Grande do Sul, eu tenho certeza, pode e vai me dar a vitória. Minha filha e meus netos são gaúchos. Peço ao povo gaúcho que pegue as bandeiras e a fé para construir a maior vitória que o país já viu — disse, ao lado do governador eleito Tarso Genro e do prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti.
Vestida com um casaco laranja e uma calça preta, Dilma desembarcou no antigo terminal do Aeroporto Salgado Filho às 15h35 e foi recepcionada pelo ex-candidato a vice-governador Pompeo de Mattos (PDT). Em entrevista à imprensa no local, criticou a política salarial do adversário tucano quando era governador de São Paulo.
— O salário dos delegados de São Paulo é um dos mais baixos... e os professores então. Aí eu me pergunto, como podemos acreditar em promessas se tudo o que foi feito antes é diferente da promessa — questionou, repetindo que sua campanha é "vítima de um processo de calúnia e difamação".
"Tentativas de factóides"
No aeroporto, a candidata do PT falou sobre a tentativa de agressão sofrida em Curitiba, onde cumpriu agenda até o início da tarde. Bexigas de água foram arremessadas de um prédio em direção ao veículo em que Dilma estava, porém não a acertaram.
— Esta campanha não pode se pautar por agressões e nem por tentativas de criar factóides. No meu caso, tudo foi absolutamente presenciado por jornalistas. Isso (agressões) não contribui. Sou a favor de uma campanha de alto nível — declarou, fazendo um apelo para a "militância não cair em provocações".
— Tem um método muito tradicional usada pela direita que é criar fatos e acusar o lado de lá de violência. Isso é típico de uma campanha direitista — completou.
Apesar de evitar fazer comentários sobre a suposta agressão sofrida por José Serra, ela disse que não é Rojas (goleiro chileno que simulou ter sido ferido por um foguete no Maracanã, nas Eliminatórias para a Copa de 1990) para fazer "firula" com o episódio desta quarta-feira na capital paranaense. No início da tarde, em Rio Grande, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz a mesma comparação.
2,5 mil pessoas na caminhada
Do aeroporto, Dilma seguiu direto para a caminhada, acompanhada por 2,5 mil pessoas, segundo estimativa da Brigada Militar. O trajeto partiu da Esquina Democrática — cruzamento entre a Borges de Medeiros e a Andradas — e se estendeu até a prefeitura. No caminho, a candidata usou um colar de estrelas vermelhas presenteado por uma simpatizante.
Políticos como o senador Sérgio Zambiasi, o ex-governador Olívio Dutra e os deputados Luís Augusto Lara, Manuela D'Ávila e Beto Albuquerque acompanharam o deslocamento. Após a caminhada, Dilma foi visitar a filha e o neto Gabriel, nascido em setembro. Às 19h30, ela participa de comício com o presidente Lula em Caxias do Sul, na Serra. O evento é o último da agenda desta quarta-feira da petista no Rio Grande do Sul.
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De cima de veículo, Dilma acompanhou caminhada de militantes no centro de Porto Alegre
Foto:
Adriana Franciosi
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