Propaganda eleitoral | 20/10/2010 14h46min
Na tentativa de diminuir a vantagem que a petista Dilma Rousseff ainda sustenta nas pesquisas de intenção de voto, a campanha do tucano José Serra levou nesta quarta-feira para o horário eleitoral gratuito a ideia de que "ela não vai dar conta", se assumir a Presidência da República. Os tucanos mostraram recortes de jornais de 1988 que abordam a crise financeira da prefeitura de Porto Alegre e culparam a petista pelo caos na administração municipal.
— Encontrei a Secretaria Municipal da Fazenda em completa desordem. Atribuo à incompetência mesmo — afirma Olívio Braga, que sucedeu Dilma na pasta.
Nos primeiros minutos do programa, a campanha mostrou a biografia política de Serra e ressaltou que o candidato, nos cargos que ocupou, deu continuidade aos projetos em vigor, mesmo sendo de outros partidos.
— O Serra consertou o que estava errado e deu continuidade — afirmou o locutor ao mencionar a gestão de Serra na Prefeitura de São Paulo.
— Na minha vida inteira eu dei continuidade às coisas — reforçou o tucano. S
erra prometeu manter os programas sociais do governo Lula — como o Bolsa-Família e o Programa Universidade Para Todos (ProUni) — e investir em obras de infraestrutura. O que não pode continuar, segundo Serra, são "os escândalos, o desvio de dinheiro público, as invasões de terra". No final, o programa destacou que Serra "cresce nas pesquisas e vence o debate" e que o tucano tem o apoio de artistas e dos eleitos em 3 de outubro, como o governador paulista Geraldo Alckmin, o governador mineiro Antonio Anastasia e o senador Aécio Neves.
Já a campanha do PT explorou a questão da privatização e apresentou Dilma como "a presidente que não vai privatizar nem a Petrobras nem o pré-sal". Segundo a campanha, os recursos gerados com a exploração da camada pré-sal serão investidos na área social.
— Essa riqueza não será privatizada e não ficará nas mãos de poucos — prometeu a candidata.
O programa desta tarde destacou as mudanças sociais nos últimos anos, comparou os "avanços" do governo Lula ao governo Fernando Henrique Cardoso e enfatizou que o país pode eliminar a miséria nos próximos quatro anos.
— Eu tenho a chance de consolidar esse processo — disse.
Com seu "olhar social", Dilma defendeu a importância da continuidade dos projetos do governo Lula para garantir a construção de um Brasil "socialmente justo", prometeu investimentos em infraestrutura, transportes e habitação, e uma atenção especial à saúde, educação e segurança pública.
No final, a campanha voltou a apresentar o depoimento de artistas e apoiadores, de seu vice de chapa, o deputado Michel Temer (PMDB), e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
— Tá na hora de escolher entre o Brasil que deu errado e o Brasil que deu certo — disse o presidente.
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