Terceira colocada na corrida presidencial, a senadora acreana Marina Silva (PV) concedeu entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta manhã e falou sobre o segundo turno das eleições. Apesar de não abrir seu voto em 31 de outubro, a ex-candidata, que optou por uma posição de "independência", afirmou que a candidatura da petista Dilma Rousseff se comprometeu "um pouco mais, ainda que não integralmente" com as propostas verdes se comparada à do tucano José Serra.

Ainda assim, Marina criticou o tom agressivo que tem pautado o debate eleitoral:

— Lamento que [o debate] tenha resvalado, neste segundo turno, para um debate bastante agressivo, discutindo aquilo que, no meu entendimento, não são as prioridades que o Brasil tem para si.

Ouça a entrevista com Marina Silva no Gaúcha Atualidade:



Para a senadora, os candidatos que seguem na disputa apresentam uma agenda de crítica mútua e de pensamento no passado, com comparações entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Marina, ainda falta entendimento sobre a questão ambiental no país, considerada por ela como "a grande utopia desse início de século":

— Se não tivermos uma atitude comprometida agora, nós vamos nos prejudicar ao longo prazo.

A partir de janeiro, Marina deixa de ser senadora. Ela afirma que vai continuar militando pela causa verde e pelo "amadurecimento da política" brasileira.

— Se o pensamento de nossos líderes é sempre o da velha política, das alianças incoerentes, do vale-tudo eleitoral, nós não vamos conseguir avançar na política — concluiu.