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Propaganda eleitoral  | 14/10/2010 22h58min

Na TV, Dilma critica privatizações e Serra cita "escândalos"

Peça do PT disse que PSDB pretende privatizar a Petrobras

No horário eleitoral obrigatório exibido nesta noite na TV, a propaganda da petista Dilma Rousseff chamou o PSDB de "turma do contra" e voltou a citar suposta declaração do ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) David Zylbersztajn — chamado pela petista de "assessor do candidato José Serra para a área de energia" — favorável à privatização da camada do pré-sal. 

— Isso seria um crime contra o Brasil — criticou.

O candidato tucano José Serra defendeu que o presidente da República tem de "ter palavra única" e criticou, sem citar nomes, aqueles que "admitem escândalos" e têm amigos que "se servem do dinheiro público", em referência ao caso envolvendo Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma na Casa Civil.

A peça do PT focou em acusações contra o PSDB, de que a legenda pretende privatizar a Petrobras, discurso já adotado na campanha presidencial de 2006. A candidata iniciou os ataques diferenciando as gestões do PSDB e do PT à frente do Palácio do Planalto, alegando que a "turma do contra" só pensa em "vender o patrimônio público".

Em seguida, um ator sugeriu que o PSDB foi "humilhado" diante das potências mundiais no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (FH). 

— Eles sabiam se humilhar muito bem em inglês na frente dos poderosos — afirmou. 

— E buscam vender sem o menor pudor o patrimônio público, entregando de bandeja as riquezas do Brasil — acusou.

A peça do PT também alegou que o Banco do Brasil e a Caixa "escaparam por pouco" da privatização. 

— E a Petrobras também — disse o locutor.

No início da inserção do PSDB, uma atriz afirmou que o candidato José Serra lutou a vida toda pelos desamparados. 

— Ele criou os genéricos, o bolsa alimentação e o seguro desemprego.

Em seguida, a atriz destacou que o tucano fez as iniciativas "sem escândalo, mensalão, José Dirceu ou Erenice Guerra".

Na sequência, foi a vez de Serra criticar a adversária, sem citar nomes. O candidato do PSDB ressaltou que um presidente deve ter "uma única palavra" e um "compromisso com a verdade". 

— Um governante não pode admitir escândalos, se envolver com parentes que na sala ao lado se servem do dinheiro público — afirmou, em referência ao episódio que afastou Erenice da Casa Civil.

As duas inserções, tanto do PSDB como do PT, voltaram a destacar a religiosidade dos candidatos e a defesa do meio ambiente, temas em destaque no atual momento da campanha eleitoral.

A petista defendeu um crescimento econômico que não comprometa a proteção dos biomas e Serra prometeu governar com "honestidade" de propósitos e "Deus no coração".

AGÊNCIA ESTADO
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