Eleições | 04/10/2010 05h58min
Antes da campanha, o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB) cogitava a possibilidade de não se candidatar à reeleição. Político com sensibilidade para captar os humores do eleitorado, Padilha temia dividir com o deputado estadual Alceu Moreira os eleitores do Litoral Norte – região de ambos – rumo a Brasília. Tinha razão.
Em uma apuração emocionante, em que trocaram de posição várias vezes, Padilha e Moreira – que sempre fizeram campanha em dobradinha quando não concorriam pelos mesmos eleitores – disputaram voto a voto, até o final, a quarta e última cadeira que o PMDB gaúcho conquistou na Câmara.
Afilhado político de Padilha, Moreira fez 81.071 votos, 886 à frente do deputado federal, deixando na suplência um dos mais conhecidos peemedebistas no Estado. Antes da definição dos nomes para concorrer, Padilha anunciou que queria ser candidato ao Senado. Com a definição do PMDB de indicar apenas um nome, optou por tentar retornar à Câmara. Pronto para a disputa, teria combinado com Moreira que não pediria votos no Litoral.
A não eleição de Padilha, um habitual puxador de votos (fez 140 mil em 2006, o mais votado do seu partido e a sexta maior votação no Estado) reduz a possibilidade de ficar à frente do partido no Estado. A definição do comando também fica em aberto em razão do fraco desempenho geral do PMDB – derrota na disputa pelo governo do Estado e pelo Senado, perda de uma cadeira na Câmara e de duas na Assembleia.
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