Eleições | 04/10/2010 05h53min
A eleição da deputada federal Maria do Rosário virou uma novela. Com sua candidatura impugnada pelo TRE por dívidas referentes a sua campanha à prefeitura de Porto Alegre, em 2008, Rosário recorreu ao TSE, em Brasília, mas o caso não foi julgado a tempo para as eleições. Mesmo assim, ela foi liberada para concorrer, com os seus 143.128 votos sendo somados em separado. Isso criou a seguinte situação:
Se ela for condenada no TSE e a impugnação foi mantida, os votos serão anulados.
Se ela for absolvida, os votos serão contabilizados para a candidata e para a legenda. Neste caso, ela assumirá o mandato e o cálculo de cadeiras por partido poderá se modificar.
"Os votos vão valer"
Seus votos vão valer?
Maria do Rosário – Com certeza,os votos vão valer.Essa é uma pergunta que nem se faz. Não há mais nenhuma dúvida nesse sentido. Houve uma decisão normativa do TSE, há cerca de uma semana, que desvinculou a prestação de contas eleitorais de campanhas anteriores da elegibilidade.Voltou-se ao entendimento do que a lei sempre disse.
Como foi fazer a campanha com essa situação indefinida?
Maria do Rosário – Me sinto uma vitoriosa. Enfrentei não só o jogo da campanha eleitoral, com muitas vezes outros candidatos dizendo que eu não estava concorrendo, mas também a morosidade e a lógica perversa do Poder Judiciário. A campanha para a prefeitura era majoritária, as contas eram do PT, e foram pagas pelo PT. O Judiciário primeiro não aceitou a anuência da direção (para o pagamento da dívida), depois não aceitou o pagamento, que foi feito com atraso. Passar por isso depois de 20 anos de eleições foi uma total injustiça. Neste caso,quem fez justiça foi o povo.
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