No dia da eleição, o eleitor pode experimentar a responsabilidade de comandar um Estado virtual. No jogo online "Eleito" — disponível no clicrbs.com.br/eleicoes2010 —, cidadãos de diferentes faixas etárias conseguem simular e aprender conceitos de gestão pública, como montar uma equipe de governo, eleger quais áreas e regiões tomarão mais recursos e definir taxas de impostos.



Inspirado em jogos eletrônicos de estratégia — games que exigem habilidades de pensamento e planejamento para alcançar a vitória — , o Eleito foi desenvolvido pela empresa Invent4, a pedido do clicRBS. O objetivo é que o jogador tome decisões de administração tão complexas quanto a realidade. Embora as cidades e o próprio Estado sejam fictícios, os parâmetros matemáticos de gastos e investimentos têm correspondência com o mundo real.

Ao longo de um governo de 15 dias — com transições que simulam os quatro anos de um mandato —, o participante gere uma malha rodoviária formada por cinco estradas e serviços públicos nas áreas de segurança, saúde, educação, infraestrutura e ambiente em cinco municípios, todos com índices populacionais em ascensão.

A atuação do gestor público virtual é submetida ao rigor de uma lei que segue os preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao engordar o quadro de servidores, por exemplo, ele poderá comprometer, no máximo, 60% da receita corrente líquida. Para o economista Paulo de Tarso Pinheiro Machado, diretor técnico da Agenda 2020, que ajudou a estabelecer os cálculos que embasam o andamento de Eleito, a reprodução da legislação real no jogo eletrônico transfere ao eleitor os mesmos dilemas um governador.

— O desafio do jogador é ter um gasto corrente (despesas com manutenção e quadro pessoal) que permita um excedente de arrecadação para ele realizar investimentos. Das despesas de um ente público real, mantivemos gasto com pessoal, manutenção da máquina e investimentos. No caso do jogo, a vantagem é que o administrador não herdará dívidas do antecessor.

O diretor de programação Augusto Bülow, um do desenvolvedores do game, complementa:

— O gestor precisa contratar servidores e fazer obras, por exemplo. E tudo sob as mesmas responsabilidades e cobranças de um governador. Sem verba para fazer tudo, o jogador precisa priorizar investimentos, estudar estratégias para desenvolver o Estado.

Ao final do mandato, o governador testará sua popularidade. Além de a administração ser avaliada pela "população virtual", por meio do Índice de Desenvolvimento Geral (IDG), internautas podem visitar o Estado fictício e aprovar ou desaprovar a gestão. No caso de um IDG baixo, o governador pode sofrer impeachment. Do contrário, com aprovação acima de 70%, pode ser reeleito.

— Apesar de o jogo ter um caráter mais lúdico, fizemos questão de nos basear na realidade, no dia a dia de um gestor público. O fato de o governador virtual ser submetido à avaliação, aprovação ou reprovação de sua população, mostra isso — comenta o gerente de produtos de Internet do Grupo RBS, Thiago Medeiros.

Como jogar

Para jogar, o participante necessita de conexão com Internet, processador de pelo menos 1 GHz, 512 MB de memória RAM, 64 MB de memória de vídeo e Navegador com Plug-in Unity3D (instalação gratuita em http://unity3d.com/webplayer/).

— Com os requisitos básicos atendidos, acesse a opção "Criar Novo Jogador". Caso já seja jogador, entre com seu login e senha direto para o jogo, pulando os passos abaixo.

— Após selecionar "Criar Novo Jogador", leia as orientações sobre o game. Em seguida, cadastre seus dados e crie um login

— Crie o nome de seu Estado e escolha a bandeira dentre as 15 sugestões. A partir do nome do Estado, o jogo vai gerar uma sigla (DT, por exemplo)

— Já na tela do jogo, confirme login e senha, e escolha a opção "Governar". Seu Estado está criado.

— Na janela principal do game, haverá o mapa de seu Estado, com o nome de cada cidade. Símbolos sobre os municípios irão auxiliar a diagnosticar as demandas de cada região. Ao longo do game, conselheiros darão dicas e orientações para a administração do Estado

— Na parte inferior da mesma tela, você acompanhará índices como popularidade, população, dinheiro em caixa e o comprometimento de seus recursos. Eles devem ser analisados antes de qualquer decisão administrativa — investimentos, contratações, demissões, entre outras.

— Na lateral esquerda, você acompanha os ícones das cinco áreas do Estado — saúde, educação, ambiente, segurança e infraestrutura. Por meio deles, tomará as ações para o desenvolvimento no Estado e saberá a situação atual de cada uma delas — número de servidores, aprovação, possibilidade de ações.

— Por meio do ícone "Opção", você pode configurar como deseja ver o mapa da cidade — dimensões, tamanho dos gráficos, entre outros.