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Eleições  | 29/09/2010 12h41min

Brigada Militar e construtora contestam denúncia de Aroldo Medina

Candidato do PRP terá a conduta apurada em inquérito policial militar

Atualizada às 13h38min Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

O dono da construtora Sistemax Ltda, Werner Wagner, falou sobre a atuação da empresa e dos contratos que mantém com o governo do Estado, contestando denúncia feita pelo candidato do PRP ao Piratini, Aroldo Medina, de que a empresa seria fantasma.

— Nós alugamos uma sala de fundos e usamos também o pátio. O major [Medina], no dia que veio, não nos encontrou provavelmente porque viajamos muito — esclareceu.

Medina sustentou a denúncia no fato de não ter encontrado a sede da empresa no endereço declarado, em Montenegro. A Sistemax venceu licitação este ano para realizar serviço para o Departamento de Logística e Patrimônio (DLP) da BM, unidade em que Medina estava lotado antes de se afastar para concorrer ao governo.

Wagner disse que a construtora foi constituída em 2009, usando o mesmo CNPJ de outra empresa que ele tinha, uma revenda de carros, e que já não funcionava há alguns anos.

— Quando fechei a revenda, fui trabalhar num empresa que participava de licitações, fornecia uniformes para a Brigada. Aprendi tudo como era e resolvi abrir minha própria empresa. Só presto serviços para o Estado — afirmou Wagner.

Durante entrevista coletiva nesta manhã, a Brigada Militar apresentou uma lista de 17 obras que a empresa tem contratadas com o Estado, algumas já concluídas. Também foram distribuídos cópias do alvará da construtora, registro no CREA e no CNPJ que comprovariam a atividade da empresa.

A BM anunciou a abertura de inquérito policial militar (IPM) para apurar a conduta de Medina. Como ele está afastado das funções para concorrer ao governo do Estado, o procedimento ficará parado até o retorno dele à corporação, o que deve ocorrer depois do pleito.

Em entrevista coletiva para dar explicações sobre a denúncia de Medina, o subcomandante da BM, coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, fez questão de salientar que o grupo de oficiais estava no local para falar de um ataque "à corporação feito por um candidato":

— Vamos tratar aqui de uma denúncia que atinge diretamente a corporação, feita por um candidato, não por um major.

O diretor do DLP da BM, coronel Carlos Frederico Hirsch, confirmou já ter recebido de Medina a denúncia na época em que estava sendo formalizada a contratação da empresa, entre junho e julho. Hirsch disse que como a empresa havia apresentado todos documentos necessários para a contratação e o procedimento estava regular, não houve, por parte da BM, preocupação em conferir o endereço.

— O major (Medina) esteve em Montenegro sem permissão, esse fato já foi tratado por mim com ele, usando uma viatura do DLP para investigar a empresa. Ele veio conversar comigo e foi esclarecido a ele que este tipo de fato, a princípio, não constituía delito, pois a empresa pode mudar de endereço ou de razão social. O contrato estava assinado, eu disse que iríamos esperar o início da obra e, se constatada alguma ilegalidade no andamento da obra, se adotaria as providências legais. A empresa não é fantasma, existe, é registrada, legal, e já realizou diversas obras no Estado — explicou o coronel.

ZERO HORA
Divulgação / clicRBS

À frente do Palácio Piratini nesta manhã, Medina mostrou documentos que relatam sua investigação
Foto:  Divulgação  /  clicRBS


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