Eleições | 24/09/2010 12h36min
O debate com os candidatos ao governo do Estado, promovido pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) nesta manhã, não contou com grandes confrontos. Ausente por problemas na agenda como governadora, a candidata à reeleição Yeda Crusius (PSDB) foi alvo de críticas dos oponentes e acabou protagonizando os momentos mais polêmicos.
Em uma reclamação direcionada à governadora, Tarso Genro (PT) falou da presença do comandante da Brigada Militar (BM) no programa eleitoral da candidata, o que considerou um "uso político indevido da BM".
Nas considerações finais, Pedro Ruas (PSOL), que tem feito duras críticas a Yeda em sua campanha, reclamou da ausência e da gestão da governadora:
— Se PSOL tivesse um deputado na Assembleia, Yeda teria sido derrubada por impeachment — afirmou.
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Uma das surpresas do debate ficou por conta de Aroldo Medina (PRP), que anunciou o voto em Germano Rigotto para o Senado e tentou angariar votos para seu partido e para as legendas da oposição, como o PSOL, PV e PMN:
— A bancada independente vai fazer muita diferença nos próximos quatro anos — afirmou.
Além de Medina, muitos candidatos de partidos nanicos, reconhecendo que têm pouca chance de se eleger, aproveitaram o debate para bater na tecla da eleição para a Assembleia. A expectativa é eleger pelo menos um deputado em cada legenda para formar uma bancada dos pequenos.
Composto por cinco blocos, o debate foi dinâmico e durou cerca de duas horas. Mesmo quando houve tempo para que os concorrentes fizessem perguntas entre si, os oito candidatos optaram por abordar questões que expusessem melhor suas próprias ideias e destacassem suas ações.
Pelo menos 74 emissoras do interior transmitiram o debate ao vivo e enviaram perguntas aos candidatos, com questões relativas às suas regiões de abrangência. José Fogaça (PMDB) abraçou a chance para falar que a prioridade de seu governo será o desenvolvimento regional:
— Há regiões em que municípios precisam de ligação asfáltica, outras de formação de mão de obra, outras onde o apoio às cooperativas é essencial.
Ainda participaram do debate Carlos Schneider (PMN), Humberto Carvalho (PCB), Júlio Flores (PSTU) e Montserrat Martins (PV).
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