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Eleições  | 20/09/2010 03h54min

PDT cobra mais visibilidade na propaganda de Fogaça

Partido avalia que o deputado federal está sendo pouco utilizado na busca de votos

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

Vinte dias depois de lançar uma nova ofensiva para sair da estagnação dos 27% nas intenções de voto (apontada em pesquisas do Datafolha), a campanha do candidato José Fogaça (PMDB) mostra dificuldades de relacionamento com o principal aliado, o PDT. Partido do candidato a vice, Pompeo de Mattos, o PDT se ressente da ínfima participação nas propagandas e avalia que o deputado federal está sendo pouco utilizado na busca de votos.

Além disso, nas pesquisas do Datafolha posteriores ao anúncio das medidas, Fogaça baixou nos índices de intenção de voto. O presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan, avalia que há “equívocos” na campanha e reclama de o partido não estar sendo ouvido pelo núcleo de propaganda de Fogaça (leia entrevista ao lado).

O prefeito José Fortunati, escalado para melhorar a mobilização em Porto Alegre, está otimista com o resultado do trabalho, mas também percebe o pouco espaço do PDT na propaganda:

– Seria natural que o Pompeo aparecesse mais, que o PDT como um todo aparecesse mais. Isso faz parte de qualquer processo de coligação. Mas é uma questão que a direção do PDT tem que discutir com a direção do PMDB.

Quando começou o reforço na Capital, Fortunati havia dito que esperava que em duas semanas as pesquisas refletissem a nova mobilização.

– Estamos tentando aumentar a mobilização na cidade e estamos conseguindo, mesmo que, por enquanto, as pesquisas não apontem isso de forma mais clara. Eu me guio pela pesquisa espontânea, não pela induzida. Se pegar a pesquisa Datafolha, tem cerca de 40% dos eleitores indecisos em relação ao governo na espontânea. Metade dos eleitores não tem candidato. Então, eu continuo acreditando – comentou o pedetista.

Para Magalhães, PDT está contemplado

Um dos coordenadores da campanha de Fogaça, Clóvis Magalhães sustenta que o papel do PDT tem sido garantido:

– Tivemos exposição positiva do Fortunati, temos frequência de apresentação de imagem do Pompeo. Temos a mesma capacidade de articulação com essa questão da imagem do vice como as outras candidaturas. É óbvio que sempre predomina um pouco a imagem do candidato, porque é da nossa cultura. Nós temos estratégia que combinamos com o PDT permanentemente.


"A gente vê equívocos e não vê correções"


A seguir, trechos da entrevista do presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan:

ZH – Como está a participação do PDT na propaganda?

Bolzan – Mais ou menos. Há um núcleo de propaganda, da estrutura do Fogaça, que admite discutir, mas aceita muito pouco as sugestões. Eles têm um entendimento e, por mais que se questione, não houve alteração no encaminhamento da mídia (programa de TV).

ZH – Vocês pediram alterações e não houve?

Bolzan – Não houve. Mas se há uma coisa que não se deve fazer agora é causar mais problemas.

ZH – A situação lhe desanima?

Bolzan – Não é que desanime, mas a gente vê equívocos e não vê correções. Mas pode ser que meus entendimentos não sejam os corretos. Vamos ver o resultado final.

ZH – A entrada do deputado Eliseu Padilha (PMDB) na campanha resultou em mudanças?

Bolzan – Ele faz um papel de mobilização partidária. Não vi grandes alterações. Na semana passada, onde andei, os problemas eram iguais.

ZH – Que tipo de problema?

Bolzan – A dificuldade de relacionamento dos partidos. São questões locais. Isso não se superou e a essas alturas do campeonato não tem mais como superar, a não ser tocar a campanha cada um por si.

ZH – Como o senhor avalia a atuação do candidato a vice Pompeo de Mattos?

Bolzan – Ele está andando bem na campanha. Mas é um elemento pouco utilizado na mídia. Ele não aparece praticamente, só as imagens dele. Não sei se essa estratégia vai ser correta. Vamos ver ao final.

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