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Eleições  | 18/09/2010 17h36min

"Se Dilma sabia, é crime", diz Serra sobre denúncias

Candidato se refere ao esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil

Ao comentar mais uma denúncia sobre um suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez uma referência ao período em que sua adversária Dilma Rousseff, do PT, foi titular da Pasta:

— Se (Dilma) sabia, é crime. Se não sabia, não é boa administradora, porque anos e anos com um esquema feito ao lado do gabinete, com distribuição de propinas até para a compra de remédios, o que é especialmente mórbido, não dá — afirmou.

Ele se referia à reportagem publicada hoje na revista Veja, que informa o recebimento de propina de R$ 200 mil por Vinícius de Oliveira Castro, ex-funcionário do ministério e um dos sócios de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, que foi secretária-executiva de Dilma e depois a sucedeu na Casa Civil. Serra destacou que o suposto esquema de pagamento de propina acontecia desde o período em que Dilma comandava a Casa Civil.

— Tudo o que eles querem é dizer que eleição é uma coisa e que governo é outra. A gente sabe que não é assim. Um esquema como este na Casa Civil não se criou a partir de abril (quando Dilma deixou o governo para iniciar campanha). É coisa que vem de muito tempo.

Serra disse que "é preciso dar um basta" à corrupção no governo federal. O candidato afirmou que a população está mais informada sobre as denúncias que envolvem a ex-ministra Erenice do que sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele.

— Muita gente no Brasil não entendeu o que é quebra de sigilo, embora seja um crime grave. Mas, todo mundo sabe o que é corrupção, o que é mensalão, o que é propina — declarou.

O tucano não quis, no entanto, especular sobre o possível impacto das denúncias na campanha de Dilma. Serra procurou destacar a importância da Casa Civil, que classificou como "o coração do governo", na administração federal.

— Já é o terceiro escândalo da Casa Civil deste governo — lembrou.

Ele declarou que, se eleito, sua gestão será diferente.

— No meu governo isso não vai acontecer. Tenho outra história, tenho caráter, como tem caráter também a população brasileira. Nesta eleição, temos de dar um basta nesses abusos.

O candidato do PSDB acabou de fazer caminhada em Icaraí, numa rua de lojas de grife da zona sul de Niterói, no Grande Rio, e segue agora para participar de encontro na Barra com deficientes físicos.

Agência Estado
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