O Concurso Cultural Jovem Cidadão chega hoje ao seu final. Três estudantes gaúchos tiveram seus textos escolhidos entre centenas que chegaram à Redação de Zero Hora. Thales Eduardo Silva Medeiros, de Sapucaia do Sul, Mateus Kasmirski, de Nova Prata, e Giovani Culau Oliveira, de Porto Alegre, foram os vencedores.

Os textos dos12 finalistas, publicados desde maio em ZH, foram julgados por uma comissão formada pela colunista de política de ZH, Rosane de Oliveira, pelo editor de Opinião Nilson Souza, pelo editor-chefe da sucursal do Grupo RBS em Brasília, Klécio Santos, e pela editora do Kzuka no Estado, Marcela Donini.


CATEGORIA 5ª E 6ª SÉRIES
Thales Eduardo Silva Medeiros, 10 anos, de Sapucaia do Sul

Thales não pestaneja ao falar qual sua disciplina favorita: português. Cursando a 6ª série da Escola Ulbra São Lucas, em Sapucaia do Sul, já pensou em seguir várias profissões. A principal é escrever:

– Tenho vocação. Gosto de descobrir o significado das palavras. Leio livros de ficção. Na hora de escrever, gosto de expressar minha opinião sobre diferentes temas.

Ele mora com os pais, Eduardo Martins Medeiros, 52 anos, e Zelaine Beatriz dos Santos Silva, 45 anos, e com a irmã Roberta Beatriz Cardoso, 22 anos. Sonha em ter seu próprio trailer e viajar nele com a família.

O menino gosta de ler e assistir a filmes de ação – seus preferidos são os do Batman. Joga futebol e planeja fazer jiu-jitsu. Mas já desistiu da música:

– Tentei tocar flauta e não deu muito certo.

Ele soube do concurso cultural pela professora de português. Gostou do tema, até porque tem política no sangue: a mãe trabalha na Câmara de Vereadores do município e o pai é filiado a um partido na Capital.

– Gosto de observar as propostas dos candidatos. Mas o que menos gosto é da competição entre os candidatos e quando eles se aproveitam dos pobres, fazendo promessas.

CATEGORIA 7ª E 8ª SÉRIES
Mateus Kasmirski, 13 anos, de Nova Prata

Aluno da 7ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Angela Pellegrini Paludo, de Nova Prata, Mateus é do tipo quieto, como conta a mãe, Zelide, 53 anos. Na conversa por telefone, respondeu de forma direta. Tímido, ficou envergonhado quando o seu texto apareceu no jornal.

– Ele diz que não gostou, mas acho que o coração dele diz que foi bom. Os professores elogiaram, e o prefeito até mandou uma carta. Esse menino é muito inteligente – afirma o pai, Ivo, orgulhoso.

Apesar de ter seu texto selecionado como o melhor da categoria 7ª e 8ª séries, é de matemática que Mateus gosta, disciplina pela qual se destaca na escola. Fora do ambiente escolar, tocar violão e jogar futebol e videogame são as diversões do garoto:

– Meu sonho é ser jogador do Grêmio.

Mateus ficou sabendo da iniciativa do jornal na escola. Sobre o fluxo de jovens que deixam o campo em direção à cidade, tema explorado em sua redação, ele comenta:

– É um problema que precisa ser solucionado.

Mesmo reconhecendo que não gosta de política, Mateus defendeu na redação um tema que lhe é familiar:a necessidade de projetos para que os jovens agricultores permaneçam no campo e possam, assim, ter mais condições de produzir os alimentos que abastecem a cidade.

CATEGORIA ENSINO MÉDIO
Giovani Culau Oliveira, 16 anos, de Porto Alegre

Estudante do 2º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Padre Reus, de Porto Alegre, Giovani é apaixonado pela área das humanas, sobretudo sociologia e história. Por isso, quer se tornar um cientista social.

– Meu maior sonho é ser professor. Pretendo entrar na vida pública, ser um parlamentar. Pessoalmente, quero ter filhos e conhecer o maior número de países possível – conta.

Quando não está na escola, o adolescente gosta de ler jornal, navegar na internet, estar com os amigos, conversar e dançar. Ele toca violão, mas não tem muita paciência para ensaiar. Além das aulas na escola Padre Reus, ele joga futebol com seus amigos. E é fã das letras:

– Gosto de ler e de escrever. Principalmente jornal e assuntos de política.

Como os colegas de aula não gostam do assunto, ele fala do tema com os professores e os pais, Ladin Quaresma de Oliveira, 68 anos, e Rita Culau, 57. Depois das eleições, Giovani planeja se filiar à juventude de algum partido – mas ainda não sabe qual. No ano que vem, quer lançar uma chapa para concorrer ao grêmio estudantil da escola.

Nessa época de eleições, o que faz o coração de Giovani acelerar são os debates. Inclusive, ele já foi a um encontro de candidatos ao governo do Estado:

– É uma oportunidade de ver o que eles são de verdade, ou melhor, o mais perto do que eles são de verdade.