O ministro das Relações Institucionais do Palácio do Planalto, Alexandre Padilha, falou ao programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira sobre a demissão de Erenice Guerra do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Para Padilha, as denúncias contra Erenice são "vazias".

— Eu acredito na inocência de qualquer pessoa até que se prove o contrário — disse, após relatar que a decisão do afastamento de Erenice não partiu do governo federal, mas da própria ministra, que queria mais tempo para se dedicar à sua defesa e à de sua família.

Ouça a entrevista de Padilha no Gaúcha Atualidade:



— O papel do governo não é acreditar ou não em uma denúncia. É apurar esta denúncia — explicou o ministro ao afirmar que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União investigam o caso. Segundo Padilha, se for apurada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos.

Sobre as denúncias de nepotismo envolvendo a ex-ministra, Padilha disse que "não é normal" o governo fazer apurações sobre isso em todos os órgãos.

— Nós já temos uma lei sobre o nepotismo. Não pode existir uma relação direta entre um ministro e um subordinado seu — afirmou o ministro, explicando que este não era o caso de Erenice Guerra.

A decisão sobre quem assume definitivamente a pasta ainda está sob análise do presidente Lula, que, segundo o ministro, deve decidir até o começo da próxima semana.

O atual secretário-executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima, assumiu interinamente o posto de ministro da Casa Civil.