Em entrevista ao apresentador Lasier Martins, no Jornal do Almoço desta quinta-feira, a candidata à reeleição do governo do Estado, Yeda Crusius, se defendeu dos escândalos ligadas ao governo e afirmou que as crises não atrapalham sua campanha. Yeda disse que os escândalos são "métodos antigos" para tentar atrapalhar sua gestão. Ontem, o candidato José Fogaça foi entrevistado no programa.

VÍDEO: Lasier Martins entrevista Yeda Crusius

— Isso não nos prejudica. Tanto que nos quatro anos, que vêm se completando, nós fizemos todos os projetos com os quais nos compromissamos. Tentam atrapalhar, são métodos antigos, pertencem lá a um passado que nós não gostaríamos de lembrar. Fomos continuando os nossos projetos a custos pessoais altos.

Com relação ao caso do Banrisul, Yeda questionou por que a denúncia só foi divulgada em época de Eleições e afirmou que não sabia do esquema de superfaturamento de contas publicitárias do banco.

— Por que estourar na época de campanha se já estava pronta uma denúncia em outubro? Se eu soubesse antes teria aberto. Aliás, eu sou autora do Portal Transparência RS, a partir do qual os escândalos do governo desapareceram — disse Yeda.

Questionada sobre a carência das estradas gaúchas, a candidata disse que já enfrentou o problema e defendeu as Parcerias Público Privadas.

— Quando nos impediram de fazer duplicação, viaduto, ponte, por uma interferência do Ministério dos Transportes, nós devolvemos aquela concessão.

Yeda se defendeu quando questionada sobre as acusações de não cumprir o investimento mínimo de 12% na área da saúde, em detrimento do déficit zero.

— Quem não pagou foram eles, eu pago todas as contas. Graças ao governo do Estado e parceria, nós reabrimos o hospital da Ulbra de Canoas, não deixamos fechar o de Tramandaí, pagamos 288 hospitais mensalmente. Então, na questão da saúde, nós fazemos tudo que os outros não faziam.

— No caso da saúde, eu creio, e os hospitais já me disseram, 2008 em diante foram os anos dos hospitais no Rio Grande do Sul. Eles têm o que complementa o SUS para fazer saúde.

Quando questionada pelo apresentador sobre qual seria seu grande projeto, prioritário se reeleita, a candidata apontou o Duplica RS.

— O problema não é a BR-116, não é a ponte do Guaíba, é conceito de desenvolvimento rodoviário, que nós já estamos aplicando. Como fomos impedidos, por uma ação quase que intervencionista do Ministério dos Transportes, vamos buscar fazer com orçamento próprio, e se puder, empréstimos de bancos internacionais com os quais já mantemos uma relação de confiança.