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Eleições  | 14/09/2010 23h21min

Programa eleitoral de Serra mostra Dirceu chamando Dilma de "camarada de armas"

Na TV, tucano volta a explorar denúncias contra Erenice

O PSDB voltou a explorar na noite desta terça-feira, no horário eleitoral gratuito, as denúncias de tráfico de influência contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, braço direito da candidata Dilma Rousseff (PT) quando foi titular da pasta.

> Entenda como teria ocorrido o suposto esquema na Casa Civil

A inserção veiculada na TV repetiu as acusações feitas na peça exibida no começo da tarde. "O caso grave que atinge a ministra-chefe da Casa Civil ganha nova força. Agora surgem denúncias de empresas fantasmas, contratos sem licitação e tráfico de influência", afirmou um ator. O ator destacou que houve pagamento de propina na época em que Dilma ainda era ministra e que a presidenciável levou Erenice para a Casa Civil. "Dilma assumiu e trouxe Erenice. As duas estão juntas desde 2003."

A novidade nos ataques deveu-se a um vídeo em que o ex-ministro José Dirceu (PT), deputado federal cassado, chama a petista de sua "camarada de armas".

"Zé Dirceu, Dilma e Erenice. É isso que você quer para o Brasil?", questionou o locutor.
No restante da inserção do PSDB, na qual o candidato José Serra não discorreu sobre as denúncias, a sigla apresentou o tucano como um político experiente e responsável por grandes realizações no país. O presidenciável garantiu que em um eventual governo do PSDB transformará o Brasil em um canteiro de obras.

— Eu tenho experiência em assuntos de economia — afirmou Serra. — Não podemos mais adiar obras de infraestrutura fundamentais, pois elas dão maior eficiência à economia.

O locutor da peça destacou que o candidato "vai tocar obras em todo o Brasil", como a ampliação dos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, além da construção de 400 quilômetros de metrô, a ampliação dos portos de Salvador e Vitória e a construção da segunda ponte do Rio Guaíba, em Porto Alegre.

Sem citar as denúncias contra Erenice, a propaganda da candidata Dilma Rousseff voltou a mostrar a biografia da petista, encadeada por comentários e elogios de Lula e do ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT). A inserção afirmou que Dilma é um exemplo de "competência" e "sensibilidade" e que a candidata é a "pessoa certa", que está "no momento certo".

Dilma foi novamente apresentada como a responsável por gerenciar realizações do Governo Federal como o Bolsa Família, o Luz Para Todos e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A candidata destacou ainda que os eleitores não podem fazer com que as iniciativas do PT à frente do Palácio do Planalto sejam interrompidas.

— Isso não pode de forma nenhuma ser interrompido.

Com a participação do ator Wagner Moura, que pediu votos para a candidata, Marina Silva, do PV, defendeu que a disputa eleitoral deste ano seja levada para o segundo turno e criticou o inchaço e a ineficiência do Governo Federal, prometendo não criar mais ministérios e órgãos estatais.

— O pior de todos os desperdícios é a corrupção. É um absurdo pagar por uma ambulância o valor de três, construir pontes onde não existe estradas ou pagar por exames de saúde que não foram feitos — afirmou.

A candidata criticou ainda o embate eleitoral, no lugar de um "debate de propostas".

— Em vez da briga, só o diálogo pode levar o Brasil para frente — pregou.

Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, defendeu a auditoria da dívida pública e o investimento em saúde pública.

— Ganhar dinheiro investindo no câncer do próximo é algo que eu considero fim do mundo. Saúde não é mercadoria, é direito do homem e da mulher — afirmou.

Rui Costa Pimenta, do PCO, criticou o reajuste dado aos funcionários dos Correios e acusou o governo de tentar privatizar a empresa. Zé Maria, do PSTU, pregou a estatização da Petrobras. José Maria Eymael, do PSDC, convidou as pessoas a participar de um chat com ele na internet. Levy Fidelix, do PRTB, disse que as pesquisas eleitorais são fajutas e prometeu diminuir impostos e juros. Ivan Pinheiro, do PCB, defendeu a suspensão das obras de transposição do Rio São Francisco.

 

Agência Estado
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