Um documento de 178 páginas, com capa dura, mapas e gráficos constitui o plano de governo de José Fogaça (PMDB), lançado ontem à tarde em seu comitê de campanha, em Porto Alegre. Intitulado com o slogan “A Mudança se Faz com Todas as Forças”, o livro foi apresentado à imprensa ao lado de um folheto que resume as propostas do candidato ao Piratini.

Mas nem todas as forças da campanha estavam presentes. O coordenador-geral, Mendes Ribeiro Filho, e o novo responsável pela articulação dos militantes, deputado federal Eliseu Padilha, cumpriam agendas no interior do Estado. Padilha e Mendes representam duas alas adversárias do partido, que agora se renderam à união para acelerar o ritmo das mobilizações pelo Estado.

Esse clima de tensão esvaziou-se ontem, quando Fogaça pregou o resgate histórico do PMDB e do PDT, principal partido aliado na coligação, para apresentar o plano de governo ao lado do candidato a vice, Pompeo de Mattos (PDT), e dos presidentes estaduais das siglas, Pedro Simon (PMDB) e Romildo Bolzan Jr. (PDT).

– Este documento tem vínculo profundo com as nossas raízes, acumulando conhecimento e bagagem histórica inapagável de duas das mais expressivas forças políticas do Rio Grande do Sul e do Brasil – disse o peemedebista.

A chapa se comprometeu em investir R$ 100 milhões por ano no combate ao crack, para debelar a droga do Estado com programas de prevenção, novos leitos e unidades terapêuticas. Buscando a inclusão de uma antiga bandeira brizolista, Fogaça promete pelo menos uma escola de tempo integral por região no Estado.

– Nenhum município do Estado ficará sem acesso asfáltico. Faltam pouco mais de cem. Faremos todos – garantiu o candidato, prometendo também acesso à internet de banda larga em todos os municípios.

De acordo com o plano de governo, coordenado por João Carlos Brum Torres (PMDB), R$ 500 milhões serão destinados, apenas na Região Metropolitana, a obras de duplicação e prolongamentos de rodovias estaduais. A síntese das propostas pode ser acessada no site www.fogaca15.com.br.

Em coletiva de imprensa ao final do evento, Fogaça falou da nova fase da campanha, mas negou que Padilha só agora esteja se unindo à candidatura. Embora o próprio Padilha tenha afirmado que jamais fora chamado para participar de qualquer iniciativa após a convenção.

– Não há um novo momento. O que há é uma reta final, um movimento partidário mais intenso, porque queremos chegar ao segundo turno e ganhar a eleição – concluiu Fogaça.