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Eleições  | 08/09/2010 21h34min

Dilma pretende desenvolver ações para diminuir desigualdades na Região Norte

A região, de acordo com a Pnad, foi a única a apontar aumento da desigualdade

A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira que, se eleita, seu governo vai promover ações para o desenvolvimento da Região Norte que apresentou desempenho muito aquém das demais regiões brasileiras em relação à desigualdade de renda, conforme mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), coletada em 2009 e divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE).

A região, de acordo com a Pnad, foi a única a apontar aumento da desigualdade. O Índice de Gini, que considera os rendimentos do trabalho, era de 0,479, em 2008, e saltou para 0,490, em 2009, diferente das demais regiões que apresentaram diminuição.
— É um esforço enorme que temos que concentrar agora na Região Norte porque tivemos uma situação sem mudança. Nós fizemos um empenho grande no Norte e no Nordeste. O Nordeste respondeu melhor, mas o Norte não. A pesquisa servirá para implementar políticas mais voltadas para essas regiões — disse Dilma, em Brasília, antes de embarcar para Minas Gerais, onde participa de um comício em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Para a candidata, a diminuição da desigualdade de renda nas demais regiões é um claro sinal de que o país passou bem pela crise financeira mundial.

— A prova de que não tivemos uma tsunami no Brasil, por conta da crise, é que o índice que mede a desigualdade de renda domiciliar caiu. Geralmente, na crise, a desigualdade aumenta muito. O índice de Gini caiu. Isso mostra que a gente reagiu bem diante da crise — disse.

Outro ponto destacado por Dilma como um bom desempenho do Brasil diante da crise, é o fato de que a formalização do emprego continuou no país.

— É importante notar que mesmo diante da crise a formalização continuou — afirmou.

A candidata ainda comentou os dados do analfabetismo no Brasil que demonstram uma redução muito lenta. A pesquisa mostrou que a taxa de analfabetismo passou de 10% para 9,7%, de 2008 para 2009, uma diminuição "leve", na avaliação do próprio IBGE. Mesmo assim Dilma ainda viu um ponto positivo no perfil dominante do analfabeto brasileiro que é de pessoas com mais de 50 anos moradores da zona rural.

— É uma boa notícia não estar se criando o analfabetismo nas faixas de idade mais baixas. Portanto, o analfabetismo que existe no Brasil se deve ao processo de analfabetismo que ocorria no passado, quando essas pessoas tinham que ter escolarização e não tiveram. Nós temos que fazer um esforço agora para alfabetizar essas pessoas — completou.

A candidata também ressaltou que os dados da Pnad sobre acesso ao saneamento básico ainda não refletem os investimentos feitos pelo governo porque o prazo médio para a entrega da obra, no Brasil, ainda é muito longo, de 65 meses. Ela responsabilizou os estados, principalmente São Paulo, pelo longo prazo de entrega.

— Os estados são os culpados. São Paulo é um dos culpados. Eles atrasaram muito. Quando a gente perguntava o porquê do atraso, eles respondiam que os prazos deles eram diferentes dos nossos. Eu diria que desde o começo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2007, isso mudou da água para o vinho.

Dilma também falou sobre a tentativa da oposição de criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Receita Federal, na Câmara. Ela classificou a medida como mais um 'factoide' que não afetará o seu desempenho na campanha.

— Eu acho que é mais um factoide e se acharem que eu estou caindo nas pesquisas, esperem para ver. Estamos completamente tranquilos. Nossa avaliação não é essa.

A candidata do PT também elogiou a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no programa eleitoral, sobre as acusações feitas pelos tucanos à sua campanha.

— Ele (Lula) é do meu partido. Ele falou pelo meu partido. Lula fez uma fala institucional muito clara e não baixou o nível em nenhum momento — afirmou.

Agência Estado
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