clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

Eleições  | 07/09/2010 03h27min

Jovens assistem ao horário eleitoral e dão lições de como os candidatos poderiam conquistá-los

Adolescentes definem o que querem e esperam dos candidatos

Os candidatos costumam dedicar ao menos um programa para o chamado público jovem. Como um lado o dos políticos só costuma se comunicar com o outro o dos jovens uma vez a cada eleição, é dura a tarefa de acertar a mão.

Para não cometer o mesmo erro dos nobres candidatos, o Palanque se aliou ao Kzuka e assistiu ao horário eleitoral com cinco cobaias jovens o suficiente para não lembrar do Brasil conquistando o Tetra.

Sentadinhos de castigo para assistir aos candidatos à Presidência e governo do Estado (poupamos eles dos deputados, porque crueldade tem limite), Fábio Santos (22 anos), Guilherme Moraes (16), Roberta Zappelini (16) e Manoela Guimarães Gomes (18) nos levaram às seguintes lições sobre a melhor forma de conquistá-los.

1) Não trate jovem como jovem

Gírias, jingles em versão rock, número do candidato escrito com spray... isso só provoca uma reação em pessoas com idade suficiente para votar: vergonha alheia. Todos, sem exceção, gargalharam quando perguntados sobre a eficácia desse tipo de recurso. Guilherme chega a cobrir o rosto ao lembrar dos trejeitos de Mano Changes (PP) em 2008, quando foi candidato a vice-prefeito. A melhor forma de prender a atenção deles ainda são propostas que lhe interessam, como o Ensino Superior público.


2) Migre da TV

Ela pode ainda não ser significativa para o resultado das eleições, mas já é para esse tipo de eleitor. O que eles veem na internet influencia, sim, no voto. Guilherme confessa ter ficado com um pé atrás depois de um e-mail recebido sobre o passado de Dilma. Para Manoela, a credibilidade de Serra veio abaixo depois de assistir a um video no YouTube em que ele declara que a gripe A (suína) se pega da “respiração dos porquinhos”.

“Poxa, o cara (Serra) foi ministro da Saúde. Tem que ter um mínimo de responsabilidade antes de sair falando uma besteira dessas...”


3) Nem defesa, nem ataque

A impressão do programa em que Yeda apenas fala de seu governo foi a mais forte, mas não foi boa. Roberta o chamou de “sensacionalismo calmo”, e todos acharam que muita explicação é indício de culpa. Os ataques de Serra a Dilma, além de provocar rejeição no grupo, “dão noção de que ele está por baixo”, avalia Guilherme.

“Quem muito se explica, é porque alguma coisa tem...”


4) Conquiste a família

Quer conquistar o jovem? Conquiste primeiro os pais. No primeiro voto, todos admitem ser fortemente influenciados pela opinião dos familiares. Manoela, então, vive um cabo de guerra: de um lado o pai, de outro, “mais à esquerda” e em larga vantagem, a avó.

“Cheguei a votar para a minha mãe, na urna, para uma candidata. Hoje eu disse o nome dela e ela disse: “não, nela não!’”


5) Cresça e apareça

Marina desperta simpatia, mas, depois de passar quase todo o programa apelando contra o “voto útil”, todo o grupo faz o contrário: cogitariam votar nela, mas “se tivesse alguma chance”. Já os outros nanicos, segundo eles, “parecem aqueles videozinhos árabes”.

“Por eu saber que ela (Marina) está por baixo, me sinto em cima do muro não votando nos outros.”

ZERO HORA
Nuvem Esperança

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.