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Eleições  | 07/09/2010 03h18min

Contrariando neutralidade do PMDB, Simon defende voto Dilma-Fogaça

Presidente estadual do partido disse que Tarso Genro "nem representa o PT"

Paulo Germano  |  paulo.germano@zerohora.com.br

Presidente estadual do PMDB, o senador Pedro Simon enfim derrubou o muro da neutralidade. Abriu ontem à noite seu voto para Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. – O melhor para todos é Dilma como presidente e Fogaça como governador do Rio Grande do Sul – decretou Simon, um dos coordenadores da campanha de José Fogaça (PMDB) ao Piratini.

Oficialmente, a candidatura do ex-prefeito ainda se mantém imparcial – não apoia nem Dilma nem José Serra (PSDB) na corrida ao Planalto. O senador já havia liberado, no mês passado, os membros do PMDB a manifestarem preferências por quem quisessem. Mas o próprio Simon afirmava que apenas ele, por ser presidente da sigla, e Fogaça continuariam no compromisso de sustentar a neutralidade.

Com o tucano em queda nas pesquisas – e Dilma subindo –, o senador assumiu nova postura ontem à noite. Disse que, para o Rio Grande do Sul, é melhor Fogaça governando com Dilma do que Tarso Genro (PT) à frente do Piratini. No último levantamento do Ibope, o peemedebista caiu oito pontos percentuais, enquanto Tarso subiu de 37% para 41%, com chances de vencer ainda no primeiro turno.

– Tarso nem representa o PT, ele representa uma ala do PT. Que, aliás, não é a mesma ala da Dilma, todo mundo sabe disso. Já o Fogaça uniu todos os partidos em Porto Alegre, inclusive o PT, que aprovou por unanimidade todos os projetos importantes – disse Simon, referindo-se à bancada petista na Câmara de Vereadores, durante a administração de Fogaça na prefeitura da Capital (2005 - 2010).

Senador promete resgate histórico na campanha

Segundo ele, a campanha de Fogaça entrará em uma nova fase ao convocar “o Estado inteiro em torno dessa grande luta pelo desenvolvimento a nível nacional”. Simon pretende mostrar ao eleitorado que o PMDB, ao lado do aliado PDT, estaria refutando a ideia de que ideologia e ética são valores que se esgotaram na política. Para isso, a melhor estratégia seria restabelecer na campanha forças históricas admiradas pelos gaúchos.

– Queremos quase que fazer uma nova Revolução Farroupilha. Ou a Revolução de 30, ou a Legalidade. Queremos fazer um movimento que agregue a ideologia socialista do Alberto Pasqualini, a garra do Leonel Brizola, a história do Getúlio Vargas, a luta do antigo MDB de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela. Esse é o fio da nossa caminhada – diz o senador.

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