Eleições | 06/09/2010 03h32min
O desempenho do candidato do PMDB ao governo do Estado, José Fogaça, começou a preocupar a coordenação dos partidos que sustentam a aliança ao Piratini. As vozes críticas vêm do PDT, que reclama da apatia do candidato. Segundo essa análise, falta poder de mobilização à propaganda de Fogaça no rádio e na TV.
Osinal amarelo acendeu-se no sábado, quando o Ibope registrou queda de oito pontos percentuais de Fogaça em relação ao último levantamento, divulgado no início de agosto. O candidato do PT, Tarso Genro, cresceu de 37% para 41% e, segundo o instituto, poderia vencer no primeiro turno.
Para o deputado estadual Pompeo de Mattos (PDT), candidato a vice na chapa do PMDB, falta “alma” à propaganda de Fogaça: – Está muito devagar, a mais devagar da história. Tem de melhorar na TV. Tem de chamar a militância, direcionar a propaganda para a base. A maneira de reagir é chamando gente, investindo em ações de rua.
O deputado federal Vieira da Cunha (PDT), que participa da coordenação da campanha, diz que o problema não é o discurso do candidato, mas a falta de mobilização:
– É hora de colocar a campanha na rua, de motivar a militância. Os partidos (que fazem parte da aliança) são fortes e capazes de fazer o candidato retomar o patamar dos 30% nos últimos 20 dias.
No PMDB, ficou fortalecido o discurso de que a campanha sente falta de sincronia entre os partidos que compõem a aliança. Por um lado, há a neutralidade de Fogaça em relação à disputa presidencial, o que cria problemas na base, dividida entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Por outro, há candidatos na eleição proporcional (a deputado federal ou estadual) mais preocupados em garantir sua eleição do que em investir na disputa majoritária.
– Não se vê campanha no Estado, só placas. E placas, como se sabe, não falam com pessoas – comparou o coordenador do comitê de Fogaça, Mendes Ribeiro Filho.
Segundo o deputado, apenas neste final de semana, durante roteiro por Santa Maria, foi possível ver adesivos com o nome de Fogaça sendo distribuídos. Uma reunião de mobilização com a presença de prefeitos e vereadores, na próxima sexta-feira em Porto Alegre, promete marcar a arrancada do peemedebista. Mas a estratégia não será alterada, diz Mendes:
– Não estamos programando comícios. Temos convicção do que estamos fazendo.
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