clicRBS
Nova busca - outros

Notícias

Eleições  | 03/09/2010 22h27min

Entenda como ocorreu a violação de sigilos fiscais de tucanos

Cronologia aponta como foram os fatos que esquentaram a campanha à Presidência a cerca de um mês para as eleições

Atualizada em 08/09/2010 às 22h55min

As denúncias de que foram violados dados sigilosos de cinco pessoas ligadas ao PSDB e ao candidato tucano à Presidência, José Serra, esquentaram a disputa ao Planalto. A filha do presidenciável, a empresária Verônica Serra, também teve seu sigilo fiscal quebrado por meio de uma procuração falsa, em nome do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que afirma ter prestado um serviço "terceirizado a alguém que queria prejudicar Serra".

O escândalo começou a tomar forma em setembro de 2009, quando as informações de declarações de imposto de renda de Verônica foram acessados de um computador da Receita Federal de Santo André (SP).

Entenda a cronologia do caso:

30 de setembro de 2009

Dados fiscais de Verônica, dos anos de 2007 e 2009, são acessados em uma unidade da Receita Federal, em Santo André (SP).



A servidora Lúcia de Fátima Gonçalves Milan havia acessado os dados a pedido da contribuinte, por meio de uma procuração em nome de Antonio Carlos Atella Ferreira.



8 de outubro de 2009

Entre 12h27min e 12h43min foram acessados dados fiscais de quatro pessoas ligadas ao PSDB e ao candidato tucano à Presidência José Serra , de um dos computadores da Delegacia da Receita de Mauá (SP).


Exibir mapa ampliado

Os atingidos, desta vez, foram o ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça, o empresário Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de José Serra, o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira e o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.

Os acessos aos dados dos tucanos foram feitos com a senha da servidora da Receita Antonia Aparecida Rodrigues Dos Santos Neves Silva. Ela afirma que repassou a senha a colegas e não sabe quem fez as consultas. Além de Antonia Aparecida, estão sendo investigadas as servidoras Adeildda dos Santos, responsável pelo computador em que os dados foram acessados, e Ana Maria Caroto, que conhecia a senha de Antonia.

24 de agosto de 2010

A Justiça obriga a Receita Federal a entregar a Eduardo Jorge todas as peças da auditoria que o órgão realiza para apurar o vazamento do sigilo fiscal do tucano.



25 de agosto de 2010

Serra, credita à adversária Dilma Rousseff (PT) a iniciativa de espionagem de dados da Receita Federal contra líderes do PSDB: 

— Isso foi um caso de espionagem para a campanha eleitoral. A Dilma deve uma explicação ao País — disse Serra, durante caminhada no tradicional bairro do Alecrim, em Natal.

27 de agosto de 2010

O corregedor geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa d'Ávila, informa que a Receita identificou um suposto esquema de compra e venda de informações fiscais envolvendo a violação de sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e outras pessoas ligadas ao comando do partido.

O diretório nacional do PT entra com uma ação de indenização por danos morais contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.

31 de agosto de 2010

Depois de anunciar que tinha "indícios de um suposto balcão de compra e venda de informações" e "pagamento de propina" na delegacia de Mauá (SP), a Receita Federal excluiu essa versão do relatório entregue ao Ministério Público como indiciamento de duas funcionárias investigadas por violar o sigilo fiscal dos tucanos, Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves e Adeildda Ferreira dos Santos.

01 de setembro de 2010

Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), o governo desencadeia uma operação para manter a investigação sobre a violação dos sigilos fiscais de lideranças tucanas e da filha de Serra em segredo.

Serra diz que tomará medidas judiciais contra quebra de sigilo.

02 de setembro de 2010

Revela-se que a Receita Federal montou operação para abafar violação de sigilo de filha de Serra. 

A Receita Federal admite falsificação do documento com a assinatura da filha de Serra.

03 de setembro de 2010

Apura-se que pedido de dados da Receita teria saído de Minas Gerais e Brasília.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informa que o contador Antonio Carlos Atella Ferreira foi filiado ao PT e sua situação atual é indefenida.

04 de setembro de 2010

Seis meses antes de começar a série de violações de sigilos fiscais de dirigentes tucanos e familiares em Mauá e Santo André, municípios de São Paulo, um analista tributário do interior de Minas Gerais acessou dez vezes, em um único dia, os dados do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge. 

06 de setembro de 2010

Dos 2.949 acessos a informações de contribuintes realizados pela servidora Adeildda Ferreira Leão entre 1º de agosto e 8 de dezembro do ano passado na agência da Receita em Mauá, 2.591 são de contribuintes que não têm domicílio fiscal na cidade – 87,8% do total. 

A servidora Adeildda Leão dos Santos afirma que seu computador na agência da Receita Federal em Mauá (SP) "era acessado também por outros funcionários".

O analista tributário Gilberto Souza Amarante, suspeito de violar o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, classificou como um engano o acesso aos dados do dirigente tucano, o objetivo seria acessar os dados de outro contribuinte.

Justiça contesta a versão do PT de que o registro de filiação de Antonio Carlos Atella Ferreira não tenha sido oficializado por um erro de grafia do nome do contador.

07 de setembro de 2010

Os dados fiscais da filha do candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, também foram violados na agência da Receita Federal de Mauá, em São Paulo.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informa que uma das servidoras da Receita Federal citada no inquérito que apura o envolvimento de funcionários do órgão na quebra de sigilos fiscais é filiada ao PMDB paulista desde setembro de 1981.

08 de setembro de 2010

O Ministério da Fazenda confirma o acesso aos dados cadastrais do empresário Alexandre Bourgeois, genro de Serra. No entanto, o ministério alega que esse acesso aos dados cadastrais, que identifica o contribuinte, de forma alguma constitui quebra de sigilo fiscal.

ZEROHORA.COM
Nuvem Esperança

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.