| 03/09/2010 08h52min
Um sargento da Brigada Militar (BM) que serviu na Casa Militar foi preso na manhã de hoje, na zona sul de Porto Alegre, por suspeita de extorsão a contraventores de máquinas caça-níqueis em Canoas, na Região Metropolitana. Ele usaria um veículo da BM para exigir propina de até R$ 5 mil por mês.
O sargento estaria ainda acessando dados sigilosos do sistema integrado de consultas da Secretaria de Segurança sobre políticos, como de um senador e de um ex-ministro de Estado, além de um oficial de inteligência das Forças Armadas, delegados e outras autoridades.
A suspeita do Ministério Público (MP) é que ele faria uso político dos dados que colhia. Além disso, tentaria prejudicar as investigações pressionando testemunhas. Mais pessoas estariam envolvidas no esquema.
Uma coletiva foi marcada para as 14h de hoje, em Canoas, quando o MP deverá divulgar mais informações sobre o caso, informou o promotor Amilcar Macedo em seu perfil no Twitter.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o secretário estadual de Transparência, Francisco Luçardo, prometeu rigor na apuração dos fatos.
— Fiquei sabendo pela imprensa e não tinha conhecimento. Vamos apurar com rigor já que se trata de um crime de extorsão e os responsáveis devem ser apenados na forma da lei — disse ele.
O secretário ainda afirmou que o governo condena uso indevido dos dados e que havia recomendação para que acesso fosse apenas em situações de necessidade.
— O governo vai tomar medidas para que esses acessos indevidos a dados e exposição de pessoas cessem — completou.
Segundo Luçardo, algumas pessoas já foram afastadas da Casa Militar. Ele lembra que a prática não é "privilégio" do Rio Grande do Sul.
Ouça a entrevista completa na Rádio Gaúcha:
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