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 | 03/09/2010 00h35min

Polícia Federal investiga quebra de sigilo

Computador de suspeita de envolvimento é periciado

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) começou, ontem, a fazer a perícia no computador da servidora da Receita Federal Adeildda Ferreira dos Santos, da Delegacia de Mauá, suspeita de envolvimento no vazamento dos dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de outros dirigentes tucanos. A ação foi autorizada pela Justiça e o computador da funcionária foi entregue pela Receita. A PF também pediu a quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal de Adeildda para facilitar os cruzamentos de informações, identificar os intermediários que compravam os dados e, no final da linha, desmascarar os mandantes e suas intenções.

A direção-geral da PF determinou ainda que a superintendência em São Paulo ouça imediatamente a filha do candidato presidencial José Serra (PSDB), Verônica Serra, que também teve seus dados fiscais vazados ilegalmente na Delegacia da Receita de Santo André.

A PF vai colher o padrão gráfico da caligrafia de Verônica para fazer a comparação, em exame grafotécnico, com a assinatura da procuração falsa usada pelo contador Antônio Carlos Atella Ferreira para obter os dados fiscais dela. Também hoje, a PF decidiu intimar e tomar imediatamente o depoimento do contador Atella, que passa a ser investigado como suspeito de integrar a rede de vazamentos de dados fiscais da Receita.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou, ontem, o pedido feito pelo PSDB para cassação da candidatura de Dilma Rousseff (PT)em consequência das quebras de sigilos fiscais na Receita Federal. O corregedor-geral eleitoral Aldir Passarinho negou o pedido da coligação de Serra ao argumentar que não há provas de que a petista está envolvida nas violações de sigilo. Na decisão, o ministro afirma que não há evidências de que o episódio tenha provocado danos à disputa eleitoral. Segundo Passarinho, cabe ao Ministério Público Federal investigar as denúncias.

No aspecto político, o caso ganha proporções cada vez maiores na campanha. Monopolizou todas as discussões e chegou ao horário eleitoral gratuito.

Programa de Serra abordou o caso ontem

O programa de Serra explorou, ontem, o episódio da violação. “Mais uma vez adversários de José Serra tentam fazer uma armação para prejudicá-lo. Primeiro, violaram o Imposto de Renda de pessoas ligadas ao Serra. Agora, violaram o IR até da filha dele. É como se alguém usasse a sua senha de banco, vasculhasse a sua conta, invadisse a sua casa, revirasse as suas gavetas, só para te prejudicar”, acusou o locutor.

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