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Eleições  | 13/08/2010 00h28min

Debate com postulantes ao Piratini é marcado por comparações entre governos

Primeiro debate na TV aberta ocorreu na noite desta quinta-feira

Atualizada às 02h38min

Comparações entre governos por parte dos três principais candidatos ao Piratini marcaram o debate de estreia na TV aberta, ocorrido nesta quinta-feira.

Diluídos por um formato que colocou lado a lado na bancada favoritos e postulantes com poucas expectativas de vitória, Tarso Genro (PT), José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) aproveitaram as poucas oportunidades, em duas horas, de encontro para criticar seus adversários na TV Bandeirantes.

O que prometia ser um encontro morno, se mostrou uma troca de farpas e acusações no segundo e terceiro blocos. Em uma pergunta direcionada à governadora Yeda Crusius, o candidato do PSOL, Pedro Ruas, lembrou a fraude descoberta no Detran. Em outro momento, foram Tarso e Fogaça que se exaltaram ao discutir uma afirmação da governadora sobre a corrupção supostamente herdada do governo do PMDB.

Participaram do debate ainda os candidatos Carlos Schneider (PMN), Mont'serrat Martins (PV) e Aroldo Medina (PRP).

Primeiro bloco

No início do debate, os candidatos responderam a perguntas elaboradas pelos jornalistas da Rede Bandeirantes com foco em diferentes temas. Com dois minutos para a resposta, os candidatos protagonizaram um início de confronto morno.

Fogaça foi questionado sobre a crise no sistema prisional, Medina sobre o meio ambiente, Tarso sobre infraestrutura, Schneider sobre educação, Yeda sobre políticas sociais, Ruas sobre investimentos e Montsserat sobre saúde.

Segundo bloco

O debate esquentou no segundo bloco, quando os candidatos fizeram perguntas entre si com relação ao tema saúde.

Beneficiado pelo sorteio que determinava que Yeda fizesse uma pergunta a ele, Pedro Ruas (PSOL) aproveitou a resposta para questionar Yeda sobre as suspeitas de corrupção no Detran e na Operação Solidária — que investiga supostas fraudes em licitações.

Na explicação, além de dizer que a Justiça a excluiu do processo do Detran, Yeda atribuiu ao sucesso do site Transparência RS, que torna públicos os gastos do governo do Estado, o que considera o fim das notícias negativas de seu governo nas manchetes dos jornais.

— Eu assumi o passado. Nós pagamos as dívidas do passado e construímos ao mesmo tempo o presente. Espero que não seja pessoal, pois a Justiça já me retirou do que vocês me incluíram no passado — disse Yeda a Ruas. 

O candidato do PSOL contestou a resposta de Yeda e afirmou que existe uma discussão sobre "competência" no julgamento da governadora.

Terceiro bloco

No terceiro bloco, os candidatos escolheram para quem queriam direcionar suas perguntas sobre políticas sociais. Cada um poderia ser escolhido apenas uma vez.

Foi o momento de Tarso e Fogaça protagonizarem outra saia justa: o candidato do PT perguntou ao do PMDB se ele concordava com uma declaração anterior de Yeda, de que os episódios de corrupção teriam sido herdados do governo Germano Rigotto.

Como resposta, Fogaça destacou que o PMDB governou o Rio Grande do Sul com "integridade e transparência" e que não tem uma proposta "adversarial" como a de Tarso, destacando que pretende "manter o que está bom".

— O nosso projeto é um projeto de mudança responsável, diferente do PT, uma proposta adversarial e contraditória em relação as coisas boas que tem sido feitas e que vamos manter.

Tarso insistiu no questionamento ao replicar que Fogaça deveria "explicar à sociedade a alusão feita pela governadora".

Visivelmente irritado, Fogaça reafirmou que o governo Rigotto saiu "ileso" das denúncias de corrupção no Estado.

Sempre que foi possível, Tarso tentou apontar contradições na candidatura de Fogaça. Chegou a dizer que não sabe se o ex-prefeito é oposição ou situação, aludindo ao fato de o PMDB participar do governo Yeda.

Outro candidato que surpreendeu no terceiro bloco foi Aroldo Medina, que criticou a governadora Yeda Crusius sobre os problemas da Defesa Civil no Estado. A candidata afirmou que seu governo investiu no órgão em 10 regiões, o que possibilitou que o Rio Grande do Sul prestasse ajuda a outros Estados em situações decorrentes de mudanças climáticas.

Yeda classificou o discurso de Medina de "ataque civil" e não de "defesa civil". Medina replicou, e disse que o órgão foi melhorado no governo Rigotto, do qual fazia parte.

No fim do terceiro bloco, Fogaça, assim como Yeda, foi surpreendido por uma resposta de Pedro Ruas. Perguntado sobre ações para o desenvolvimento das regiões do Estado, o candidato do PSOL questionou sobre a CPI que investigaria a corrupção na pasta da saúde em Porto Alegre e teria sido barrada na Câmara de Vereadores na gestão do ex-prefeito, por pressão de aliados.

Fogaça respondeu que a Secretaria da Saúde agiu corretamente, apontando erros desde o início e foi provocado novamente por Ruas, que afirmou que não permitir que a CPI ocorra "não é uma boa medida de governante".

Quarto e quinto blocos

Nos quarto e quinto blocos, o tema foi livre para que os candidatos fizessem perguntas entre si. Ruas retomou os questionamentos sobre a corrupção para Fogaça e Yeda.

O candidato do PSOL voltou a questionar o ex-prefeito sobre a CPI que investigaria a pasta da saúde em seu mandato. Impaciente, Fogaça encerrou a questão, dizendo que já havia respondido e voltou a falar de redução de impostos.

Ruas ainda perguntou a Yeda se a governadora não se sente "constrangida" em tentar a reeleição após as denúncias de corrupção em seu governo. Sem titubear, Yeda disse a Ruas que ele é quem deveria se sentir constrangido de voltar a levantar esta questão mesmo depois de a candidata ser inocentada e disse que não cairia na "armadilha" do candidato, o que chamou de "velho jeito de fazer política".

Sexto bloco

No último bloco, cada candidato teve um minuto para responder à pergunta "com sua vitória, como estará o Rio Grande do Sul em 2014?".

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